Navio-plataforma FPSO Carioca no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos.| Foto: Agência Petrobras
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A troca de comando na Petrobras não deve afetar a política de preços da estatal e reforça a influência do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a estatal, já que o indicado, o atual secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, é fortemente ligado ao ministro, apntam analistas de mercado. A troca pode demorar mais de um mês.

Segundo a XP Investimentos, apesar de a notícia ser negativa, pois tal rotatividade não é saudável para nenhuma empresa, não se enxerga uma mudança na política dos preços dos combustíveis.

“Primeiro, porque ainda vemos a Lei das Estatais e o estatuto da Petrobras blindando a empresa de subsidiar combustíveis no passado, independentemente de quem é o CEO. Em segundo lugar, o sr. Caio é fortemente ligado a Paulo Guedes, que não é a favor de mudanças na política de preços de combustíveis da Petrobras”, apontam os analistas André Vidal e Junia Lima.

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“Só traz mais incerteza para o papel, porque não vai mudar a política de preços”, diz Arthur Schneider, analista da Monte Bravo Investimentos.

A XP aponta que, a princípio, a mudança deve ter os mesmos efeitos que no comando do Ministério de Minas e Energia: “trocam-se os chefes, mas as políticas permanecem as mesmas.” De acordo com a nota oficial, o governo “renova seu compromisso de respeito à governança da empresa, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a Petrobras.”