Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) decidiram, na noite desta terça-feira (15), entrar em greve por tempo indeterminado em Curitiba. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), cerca de 500 trabalhadores participaram da assembleia. Os carteiros recusaram a proposta da empresa de reajuste salarial de 4,5%.
Os trabalhadores saíram da assembleia e caminharam até a central de distribuição dos Correios, na Rua João Negrão. Segundo Nilson Rodrigues dos Santos, secretário-geral do Sintcom-PR, eles passariam a noite em um acampamento montado na frente do prédio. A paralisação deve atingir principalmente os funcionários que fazem a separação e a distribuição das correspondências. O atendimento nas agências não deve ser afetado.
De acordo com Santos, na última proposta a empresa ofereceu 90 centavos de acréscimo no vale refeição e reajuste de 4,5%. Os carteiros reivindicam uma reposição salarial de 41,03%, que corresponde a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Eles também querem um aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640.
Santos afirma que as reivindicações vão além das questões salariais. Os trabalhadores exigem segurança armada e portas giratórias nas agências e a redução da jornada de trabalho. "Parece que a empresa negocia apenas as questões salariais. Queremos segurança para os trabalhadores que convivem diariamente com o medo de assaltos, contratação de mais funcionários e o fim das terceirizações", disse.
Além de Curitiba, os trabalhadores de Londrina, no Norte, também aprovaram a greve, segundo Santos. Em todo o Paraná os Correios têm 6,3 mil trabalhadores. Na capital e região metropolitana são 3 mil trabalhadores. São distribuídas, em média, 800 mil correspondências por dia em Curitiba. No estado circulam 1,3 milhão de encomendas diariamente.
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