Um dia depois de o governo da China anunciar um crescimento da economia de 11,9% no segundo trimestre, o maior em 12 anos, o Banco Popular da China, o BC do país, anunciou uma nova elevação das taxas de juros da economia.
As taxas para depósitos de um ano foram elevadas em 0,27 ponto percentual, para 3,33%, enquanto as de empréstimo subiram também em 0,27 ponto, para 6,84%. A medida valerá a partir deste sábado.
Esta é a terceira vez em 2007 que a China eleva a taxa de juro de um ano, recordou a agência oficial de notícias Xinhua. A decisão, segundo o BC chinês, visa a racionalizar o crescimento do empréstimo e do investimento, ajustar e estabilizar a expectativa de inflação e manter a estabilidade de preço, como salientou em nota em sua página eletrônica.
A decisão foi conhecida um dia depois de o governo anunciar um crescimento de 11,9% da economia chinesa no segundo trimestre na comparação com um ano antes e uma expansão de 11,5% nos primeiros seis meses do ano. A inflação do país também cresceu acima do esperado, em 4,4% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Desde 27 de abril de 2006, o BC chinês já aumentou as taxas cinco vezes.
Para compensar o impacto da elevada inflação sobre as taxas reais dos depósitos, o governo de Pequim reduziu um imposto sobre as receitas geradas por juros, de 20% para 5%. A medida também tem como objetivo fazer com que os investidores tenham menos incentivos para apostar na alta do mercado de ações.
"Este ajuste de taxas de juros ajuda o crescimento razoável do crédito e do investimento, a ajustar e estabilizar as expectativas sobre a inflação e a manter uma estabilidade básica do nível geral de preços", disse o BC chinês em um comunicado.
Para analistas, a expansão da economia chinesa deverá beneficar o Brasil , uma vez que o país é um grande comprador de commodities brasileiras.
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