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Em alta

Detroit

A indústria, não a cidade. As montadoras americanas voltaram a ter saúde financeira e o mercado dos EUA cresce. A GM anunciou os primeiros dividendos em cinco anos.

Em baixa

Liberdade

O Brasil caiu no ranking de liberdade econômica da Heritage Foundation, da 100ª posição em 2013 para a 114ª colocação neste ano. Gastos do governo estão por trás da queda.

Pegou mal na semana passada a fala do secretário do Tesouro, Arno Augustin, negando qualquer manobra fiscal do governo para fechar as contas de 2013. Desde a virada do ano, vários pequenos fatos dizem o contrário. O governo empurrou para 2014 contas que deveriam ter sido pagas no ano passado. A última que apareceu foi um repasse para o SUS. Duas conclusões sobre o resultado da maquiagem que vem sendo feita nas contas públicas: parte do governo realmente acredita que é bom para o país aumentar os gastos, mesmo com todas os sinais de que há algo errado na política fiscal; o Banco Central ficou sozinho para segurar a inflação.

Faz três anos que o governo vem ignorando que a combinação de baixo crescimento e inflação alta é uma rua sem saída. A inflação não acaba com estímulos ao crescimento; o crescimento não aumenta com a inflação. E conter a alta de preços fica cada vez mais caro conforme ela se alastra por mais produtos e se insere na expectativa que pessoas e empresas têm sobre o futuro. Ninguém hoje se planeja pensando que a inflação vai cair.

Não por acaso o BC subiu os juros em um ritmo maior do que o esperado na semana passada. Será necessária uma taxa ainda mais alta, capaz de conter o consumo e estimular a poupança, caso a política fiscal continue na direção de mais gastos e de mais maquiagem. Parece medíocre pedir estabilidade, mas não é de desenvolvimento que estamos falando aqui. Essa é outra história.

De segunda mão

São Paulo aprovou uma lei regulamentando os desmanches que é um modelo do que as seguradoras querem para o país. A legislação diz como tem de ser a venda das peças usadas e quem fiscaliza. O interesse das seguradoras parece óbvio: uma fiscalização eficiente reduziria os roubos e reduziria custos. Mas não é só isso. É interesse das empresas comprar peças de segunda mão para usar em carros batidos.

O setor de seguros quer oferecer apólices populares, e reduzir o custo de aquisição de peças é um caminho para isso. Só que é preciso uma lei federal regulamentando o comércio para as empresas não comprarem peças dos carros roubados delas mesmas.

Pesos leves

Os novos padrões de eficiência energética dos Estados Unidos fizeram com que a indústria automotiva entrasse em regime. Uma das grandes atrações do Salão de Detroit na última semana foi a F-150, a picape mais vendida dos EUA, que perdeu perto de 500 quilos com a troca de peças de aço por alumínio. O novo Classe C perdeu 100 quilos.

O emagrecimento foi a alternativa mais barata para que os novos modelos atingissem a quilometragem exigida sem a adoção de tecnologias mais caras, como motores elétricos e sistemas híbridos.

Provas

Muita gente gosta de citar que há boas pesquisas contestando que o aquecimento global é provocado pelo ser humano. O problema é encontrá-las. O pesquisador James Powell, membro do National Science Board dos EUA por 12 anos, classificou 2.258 artigos sobre mudança climática que passaram pela revisão de pares no último ano. Só um dizia que a causa do aquecimento não está na emissão dos gases de efeito estufa.

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