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Produção, exportação, cotação e custo de produção. Hectare, alqueire, quilos e toneladas. Valor Bruto da Produção, Produto Interno Bruto e balança comercial. Tem sempre um número por trás de qualquer que seja a discussão do agronegócio. Em qualquer um dos elos da cadeia produtiva, da produção ao consumo, do campo a agroindústria, o setor é virado em números. A considerar que o agronegócio responde por um terço da economia paranaense e quase um quarto de todas as riquezas produzidas no país, nem poderia ser diferente. Afinal, uma vocação natural, uma atividade quase que singular na promoção do desenvolvimento econômico e nas divisas internacionais. Se hoje exportamos para mais de 150 países é graças ao agronegócio, que já representa mais de 40% dos embarques nacionais e mais de 70% no Paraná.

Ou seja, não tem como tratar do assunto sem render-se aos números. Mas como não é este o objetivo da coluna de hoje, permitam-me entrar de fato no tema que motiva essa discussão. Um debate que tem, sim, relação com a área, mas sob outro ponto de vista, o da valorização de outro ativo, que não necessariamente os números, mas o ser humano, as pessoas que fazem esses números acontecerem. Se o agronegócio tem números, não podemos esquecer que por trás deles existem homens. Produtores rurais, pesquisadores e lideranças, que vêm do público e do privado. Gerações comprometidas e dedicadas a explorar, preservar e potencializar essa vocação natural, de maneira econômica, socialmente justa e, principalmente, sustentável.

Elas parecem ser muitas, mas ao mesmo tempo são poucas quando observada a relação proporcional ao resultado do setor. De qualquer forma, pessoas que fazem a diferença e que justificam a abordagem da coluna de hoje. Toda essa introdução tem, na verdade, a intenção de dar sequência e complementar uma homenagem conferida ao secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Anacleto Ortigara. Na segunda-feira da semana passada, por proposição dos deputados Pedro Lupion e Artagão Júnior, o gaúcho natural de Seberi foi agraciado com o título de Cidadão Honorário do Paraná. O mínimo que se poderia fazer com um homem que dedica sua vida à construção de um Paraná melhor. Com certeza, um dos poucos nomes que nas últimas décadas revolucionaram a agricultura e pecuária no estado.

Com 59 anos, a completar no próximo dia 8, Ortigara vive há quase 40 anos no estado, sendo 35 dedicados à agricultura. Técnico agrícola, com graduação em Economia, foram características como simplicidade e praticidade que o fizeram reconhecido e respeitado no diálogo com o setor. Credenciais que o levaram à secretaria e que o mantém como secretário e interlocutor. Uma pessoa de bem que não apenas aparenta como faz questão de demonstrar, em suas relações e atitudes, pessoais e profissionais, enfim, como cidadão, agora do Paraná. Um homem batalhador e que, sem dúvida, merece nossas homenagens, respeito e consideração. Homem com quem tenho orgulho de me relacionar, indiretamente trabalhar e também partilhar de uma mesma formação, a de técnico agrícola. Como diriam os norte-americanos, a great man!

PIB vs agropecuária

E por falar em números, a agropecuária foi o setor da economia que mais cresceu nos três primeiros meses de 2014 na relação com o quarto trimestre de 2013. Segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), o aumento foi de 3,6%. Com isso, a agropecuária continua a liderar o desempenho positivo do Produto Interno Bruto (PIB), que na mesma base de comparação, aumentou apenas 0,2%. Sobre o primeiro trimestre do ano passado, o avanço da agropecuária foi de 2,8%. Boa parte do desempenho do setor se deve à safra brasileira de grãos do ciclo 2013/14, que apesar de alguns pequenos e pontuais problemas de clima é recorde e atinge 195 milhões de toneladas, segundo estimativa da Expedição Safra Gazeta do Povo.

O IBGE explica a taxa da agropecuária no desempenho de produtos que possuem safra relevante no trimestre e pela produtividade. Destacam-se a soja com crescimento de 6,35%; arroz, com 7,69%; o feijão primeira safra 55,46%.

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