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Já falamos aqui algumas vezes sobre planejamento, métodos de análise, e também sobre a necessidade de foco em boa execução, e em processos para apoiá-la. Entretanto, sabemos que nossa cultura brasileira nos empurra a sair fazendo. Assim, prevalece o empirismo, e às vezes o improviso, com seu desgastante ciclo de tentativa e erro. A dinâmica dos negócios, de fato, empurra muitos de nós a essa urgência e nos instiga ao senso prático de fazer algo agora, pois para daqui a pouco já pode ser tarde. O desafio de empresários, executivos e colaboradores também reside na busca desse equilíbrio, cujo ponto pode ser distinto a cada momento. O Método do Caso parece cair como uma luva para nossa cultura, pois dá vazão a esse nosso empirismo e senso prático. A partir de situações concretas ocorridas em empresas, ou na nossa empresa, o método possibilita uma observação e uma compreensão, que geram experiência valiosa para decisões a serem tomadas à frente.

Postura aberta e colaborativa

Trata-se de um método ativo, que exige das pessoas que o praticam uma abertura para o novo, o reconhecimento de fortalezas e fraquezas, próprias e alheias, e a possibilidade de troca de experiências entre as pessoas – exige uma postura aberta. Diferentemente de outros métodos, onde alguém o domina e aplica, nesse caso, alguém o conduz como um mediador, e não como um provedor de soluções incisivo. Esse mediador instiga e também aprende, saindo de uma atitude professoral para a colaborativa.

  • O Método do Caso, parece cair como uma luva para nossa cultura, pois dá vazão a esse nosso empirismo e senso prático;
  • Exige das pessoas que o praticam uma abertura para o novo, o reconhecimento de fortalezas e fraquezas, com troca de experiências;
  • Queremos dar solução para aquilo que mal acabamos de ouvir – calma!

As tentações

Idealizado e evoluído pela Harvard Business School ao longo do último século, o método tem seus riscos, que bem contornados oferecem poderosa ferramenta de gestão. Diante de uma situação a ser melhorada, o método solicita que se identifiquem fatos e há aí uma grande tentação em narrá-los já acompanhados de seus problemas e soluções. Uma coisa é o fato de que a filial do Sul faturou 10% a menos do que no ano passado, outra coisa é dizer que não houve empenho da equipe de vendas, e que por isso o faturamento caiu. Fatos concretos e frios, colecionados sem emoção, permitem uma visão panorâmica da situação, que dá liberdade para uma posterior e serena avaliação dos problemas decorridos, e suas possíveis causas, ainda sem falar em soluções, que vem por último de tudo. Mas quem já não inverteu tudo isso, na empresa, ou em casa, que atire a primeira pedra! Queremos dar solução para aquilo que mal acabamos de ouvir.

Ao elaborar o caso de sua empresa, é preciso uma descrição simples e clara dos fatos, e da situação a ser melhorada, sem comentários, opiniões ou interpretações. Descrever o suficiente, e não extrapolar colocando aquilo que deveria surgir durante as discussões sobre o caso – não criar viés. Outro ponto é descrever a verdade nua e crua, e não tentar embelezá-la, após ver o primeiro rascunho que evidencia nossas fraquezas. É sobre elas que reconheceremos problemas, por vezes escondidos, e iremos propor soluções adequadas.

Encaremos isso como uma oportunidade, busquemos as referências abundantes que existem sobre o método, e lancemo-nos ao desafio de colaborar com nossa empresa com essa prática.

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