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Screenshot da nova aventura de Kirby: direção de arte parece ter se inspirado em trabalhos escolares de educação artística | Divulgação/Nintendo
Screenshot da nova aventura de Kirby: direção de arte parece ter se inspirado em trabalhos escolares de educação artística| Foto: Divulgação/Nintendo
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Acabou de conquistar a maioridade, mas continua tão fofinha como nunca. A descrição mei­­ga ainda é pouco para descrever Kirby, um dos personagens da Nintendo mais subestimados nos últimos 18 anos. Ló­­gico que fazer frente a Mario e Zelda não é para qualquer um. Mesmo assim, os mais antenados sabem muito bem que a bo­­linha rosa e, mais uma vez, fofinha é sinônimo de bom jogo. As taxas de doçura chegam agora a níveis estratosféricos na mais nova aventura, Kirby’s Epic Yarn, lançado no começo do mês no Wii. Esta é a primeira aparição da franquia nesta geração.

Uma direção de arte incrivelmente bonita, rebuscada, co­­lorida, cheia de texturas e extremamente divertida. Nesta aventura, Kirby é desenhado com fios de lã e todo o cenário é construído com uma espécie de sobreposições de panos, li­­nhas, rendas, recortes e botões dos mais variados tipos. Traba­­lhos escolares de educação ar­­tística para crianças provavelmente foram uma das maiores inspirações para o projeto. Epic Yarn conseguiu, até agora, gerar os melhores gráficos no fraco motor do console da Nin­tendo. Isso é muito e deveria ser um exemplo de como a criatividade consegue romper limitações técnicas.

Com jogabilidade padrão no melhor estilo plataforma, como na sua origem nos tempos dos 8 bits, os desenvolvedores preferiram usar um universo bidimensional. O recurso da câmera pa­­rada e com um enquadramento mais fechado foi possível se de­­dicar mais aos detalhes dos ce­­nários, que acabam roubando a atenção em muitos casos.

Um dos poderes de Kirby é sugar quase tudo que aparece pe­­la frente. O problema é que ele acaba engolindo o talismã de um ser maligno que, em represália, começa a transformar o mundo numa grande estampa de blusa de tricô, passatempo pra­­ticado com certa destreza pe­­las nossas avós. Com a ajuda do príncipe Fluff, Kirby tentará re­­verter a situação. Uma tarefa não tão difícil. Lembrando que aqui a diversão vale muito mais que o desafio. O jogo é todo narrado como se fosse uma história para crianças.

A principal arma do protagonista é seu próprio corpo, que pode se transformar nas mais diferentes formas possíveis, como um tanque de guerra (ainda assim fofinho), submarino, golfinho, trem ou carro de bombeiros. Além disso, ele pode desfiar os adversários até que se transformem num amontado de tricô.

Apesar de estar preso ao estilo plataforma, Epic Yarn consegue variar muito bem os objetivos em cada uma das cerca de 50 fases. Há também uns 100 minigames que são habilitados no avançar dos níveis. A maneira mais divertida de passar pelas 8 horas da aventura, no entanto, é jogar acompanhado de um amigo, no modo cooperativo. Usando um sistema muito parecido com o aplicado em Super Mario Bros. Wii, mas com muitas melhorias, Kirby e Fluff (controlado pelo segundo jogador) dividirão a árdua missão de restabelecer a ordem.

Kirby’s Epic Yarn pode não levar o troféu de melhor jogo do ano nas premiações que começam a pipocar na próxima semana e que já tem como favoritos Call of Duty: Black Ops e Mass Efect 2, dois jogos muito sérios. Mas, se existisse uma categoria do mais fofo, certamente não teria concorrentes à altura.

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