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A disparada nos preços do petróleo no mercado internacional já responde por quase um terço da queda do saldo da balança comercial brasileira neste ano, na comparação com igual período de 2007. Segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, o comércio exterior fechou o mês passado com um superávit acumulado de US$ 16,9 bilhões em 2008, contra US$ 27,46 bilhões no ano passado. No entanto, a conta petróleo — que contabiliza todas as importações e exportações do produto e de seus derivados — registrou déficit de US$ 5,44 bilhões, entre janeiro e agosto, mais do que o dobro do resultado negativo de US$ 2,38 bilhões registrado nos oito primeiros meses de 2007. "O déficit aumenta em razão, fundamentalmente, dos preços do petróleo", afirmou o secretário de comércio do ministério, Welber Barral.

Para o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, apesar de vilão no ano, o petróleo ajudou a compensar o fim dos embarques da soja. No mês, o comércio geral registrou superávit de US$ 2,2 bilhões – resultado de exportações de US$ 19,74 bilhões e importações de US$ 17,47 bilhões. Em julho, o saldo foi de US$ 3,54 bilhões.

Ele avaliou, porém, que o resultado da balança comercial deste mês deverá refletir o impacto da queda das cotações internacionais de soja e petróleo, verificada em julho e agosto. Mesmo assim, o Ministério do Desenvolvimento estuda revisar para cima a meta para as exportações em 2008, atualmente em US$ 190 bilhões. Segundo Barral, nos últimos 12 meses, as exportações brasileiras já ultrapassaram a marca dos US$ 189 bilhões e, por isso, a meta será revista.

Barral disse que o crescimento das importações não é preocupante porque decorre, principalmente, da expansão do mercado interno. Ele destacou a alta de 64,4% em agosto, na comparação com igual mês de 2007, nas compras de bens de capital (máquinas e equipamentos) em julho, o que mostra a presença de novos investimentos.

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