O dólar fechou em queda de quase 2 por cento nesta quarta-feira, refletindo o melhor humor dos mercados e os novos leilões do BC, em meio às expectativas em torno das decisões sobre as taxas de juro no Brasil e nos Estados Unidos.

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A divisa norte-americana fechou cotada a 2,142 reais, em queda de 1,88 por cento. Na mínima do dia, o dólar chegou a cair 3,3 por cento.

"Na verdade (a melhora dos mercados) ainda é a sequência do otimismo de ontem... Tudo acabou catalisando essa onda de otimismo ou, pelo menos, de esperança em torno dos mercados", afirmou Hélio Ozaki, gerente de câmbio do banco Rendimento.

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A bolsa de valores do Japão fechou em alta de mais de 7 por cento, assim como o principal índice de ações europeu. No Brasil, a valorização era de cerca de 3,7 por cento.

O melhor humor dos mercados durante o dia foi influenciado pelas expectativas de uma redução da taxa de juro norte-americana. Pouco depois das 16h, em decisão unânime, o Fed definiu um corte de 0,5 ponto percentual na taxa, para 1 por cento ao ano.

No Brasil, depois do fechamento da bolsa, o Banco Central também define o patamar do juro básico.

Nesta sessão, a autoridade monetária vendeu 1,084 bilhão de dólares em dois leilões de swap cambial tradicional.

A atuação, disse Ozaki, "acabou estimulando a saída de algumas posições compradas de dólar futuro".

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Na BM&F, os investidores estrangeiros reduziram sua posição comprada no mercado futuro de dólar, pela primeira vez em mais de uma semana, em pouco mais de 1 bilhão de dólares de segunda para terça-feira. Na prática, esse tipo de posicionamento é uma aposta na alta da divisa norte-americana.

Ozaki avaliou, entretanto, que a posição comprada dos investidores, que na véspera equivalia a quase 10 bilhões de dólares, "continua em um patamar bastante elevado".

Apesar de considerar uma possível perspectiva positiva para os mercados, Ozaki ressalvou que "ainda é cedo para comemorar, é bom ir com prudência."

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira que o fluxo cambial nos 18 primeiros dias úteis de outubro ficou negativo em 4,397 bilhões de dólares. Se o mês já estivesse fechado, esse seria o pior resultado mensal desde janeiro de 1999.

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