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Empresa pode concentrar 60% do mercado

Brasília e Rio de janeiro - A integração das atividades da Bertin e JBS Friboi poderá provocar uma concentração no mercado nacional de carne bovina em torno de 60%, segundo a avaliação de um especialista que já foi membro do Conselho Adminis­trativo de Defesa Econômica (Cade) e preferiu não ter seu nome revelado.

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São Paulo - A JBS Friboi se tornou a maior empresa de processamento de proteína animal do mundo. Com a aquisição nos Estados Unidos da Pilgrim’s Pride por aproximadamente US$ 2,8 bilhões e a associação com a Bertin SA, o grupo comandado por Joesley Batista conseguiu superar a americana Tyson Foods, que ocupou o posto durante os últimos anos. Após o anúncio de ontem, a empresa passa a acumular uma receita líquida de US$ 26,7 bilhões, 2,4 vezes maior do que da BRF, que uniu num mesmo grupo Sadia e Perdigão. "Passamos a Tyson e estamos apenas começando. Chegamos até aqui e com capacidade para continuar investindo", disse Batista.

Com a aquisição da Pilgrim’s e a fusão com a Bertin, a nova composição do grupo JBS se altera. Foi criada uma holding, em que a família Batista possui 60% do capital e a família Bertin os 40% restantes. Essa holding possui aproximadamente 60% das ações da JBS SA, sendo que os 40% restantes estão pulverizados entre os acionistas minoritários, incluindo o BNDES.

Na prática, e em valores aproximados, a família Batista passa a controlar 36% das ações da JBS, a família Bertin possui 24%, o BNDES, que tinha participação nas duas empresas, fica em aproximadamente 23% dos papéis e os 17% restantes ficam distribuídos no mercado.

Ao mesmo momento que a JBS se tornou a maior empresa de proteína do mundo, ela conseguiu diversificar sua atuação no mercado de carnes, seguindo o exemplo de sua concorrente Marfrig, que há poucos dias adquiriu a Seara.

Para financiar toda essa operação, a JBS pretende usar parte dos recursos que tem em caixa e giram ao redor de US$ 1,5 bilhão. Para complementar o restante dos recursos, Batista disse que a empresa estuda uma emissão privada de ações da subsidiária americana, que levantaria outros US$ 2,5 bilhões.

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