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Os planos do Brasil para construir mais quatro usinas nucleares até 2025 e a construção de Angra 3 devem movimentar cerca 40 bilhões de reais em investimentos nos próximos 15 anos, de acordo com levantamento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem).

Segundo a Agência Brasil, o estudo inclui a necessidade de serviços, insumos e matérias-primas para a conclusão da usina de Angra 3, que terá capacidade para 1.350 megawatts e tem previsão de entrar em operação comercial no final de 2015.

A expectativa é que a usina de Angra 3 tenha todos os materiais e serviços licitados em cerca de um ano e meio, afirmou o coordenador-geral de planejamento e avaliação da Cnem, Francisco Rondinelli Júnior, à agência. A estimativa é que 70 por cento do fornecimento para a usina seja de produtos nacionais.

Em setembro, a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras estimou que a conclusão de Angra 3 vai exigir cerca de 9 bilhões de reais, com 30 por cento do valor referente a compras internacionais.

"Apesar da descontinuidade do programa nuclear, que constrói usinas nucleares num intervalo muito grande e acaba desmobilizando o setor industrial, existe o fato de a indústria do petróleo no país estar produzindo insumos comuns", disse Rondinelli Júnior à agência.

"Existe um parque industrial que atende ao segmento de petróleo e gás que está bem próximo do que exigimos. Alguns itens precisarão de certificação, mas nem todos, portanto existe uma capacidade", acrescentou.

Atualmente, a participação da energia nuclear no Brasil fica entre 2 e 3 por cento da matriz energética. A fonte nuclear tem sido considerada pelo governo diante de previsões de que o potencial hidrelétrico do país vai acabar entre 2025 e 2030.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade instalada de geração de energia nuclear no Brasil hoje é de 2.007 megawatts (MW).

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