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O maitre executivo João Barbosa, da rede de hotéis Bourbon: 24 anos de experência e vários cursos de qualificação | Hugo Harada / Gazeta do Povo
O maitre executivo João Barbosa, da rede de hotéis Bourbon: 24 anos de experência e vários cursos de qualificação| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

Experiência

Receita para atender bem

Mesmo com uma bagagem de 24 anos de experiência na área, o maitre executivo João Barbosa troca com frequência o restaurante pela sala de aula, seja dentro do próprio trabalho ou fora dele. Há três anos atuando na rede de hotéis Bourbon, é um dos responsáveis por incentivar os colegas, em especial garçons e garçonetes, a separarem alguns momentos do dia para treinar outras línguas, em especial o inglês.

Barbosa, inclusive, é um dos funcionários da rede que passou recentemente por cursos de capacitação e palestras motivacionais. Não que falte dedicação para o maitre. Para ele, a receita para atender bem é simples: antes de listar cursos e idiomas no currículo, é preciso gostar do que se faz. E deixar que o cliente perceba isso.

Conselho

"Você tem de se colocar no lugar do cliente, tentar perceber como ele gostaria de ser atendido. Ele tem de sair daqui não só satisfeito, mas encantado. Quero que, ao deixar o hotel, ele se lembre com gosto dos profissionais que encontrou aqui", resume Barbosa. (RW)

Hotéis investem em qualificação profissional

Com parte dos leitos já reservados para receber torcedores durante a Copa, empresários da rede hoteleira e entidades do setor concentram esforços agora para qualificar os funcionários que estarão na linha de frente no atendimento. Desde o começo do mês, 1.110 profissionais de Curitiba e Foz do Iguaçu participam do programa Bem Receber Copa 2014, desenvolvido pela Escola Virtual dos Meios de Hospedagem (EVHM) através de uma parceria da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) com o Ministério do Turismo.

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Em meio às discussões sobre o impasse no orçamento para a conclusão da Arena da Baixada e o andamento das obras de mobilidade na região, entidades da rede hoteleira, município e estado garantem que, pelo menos no que se refere à estrutura para receber os turistas durante a Copa do Mundo, Curitiba já pode respirar aliviada. Em toda a região metropolitana, incluindo o litoral paranaense e Ponta Grossa, nos Campos Gerais, 13 mil leitos foram bloqueados para serem negociados pela Match, agência oficial responsável por vender os pacotes de viagens para o evento esportivo. O número equivale a 68% do total de 18.850 leitos existentes hoje.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná (Abih-PR), Henrique Lenz César Filho, prevê que, dos 13 mil leitos, cerca de 8 mil serão efetivamente vendidos pela agência. "A Copa será no mês de junho, que tradicionalmente é o pior mês do ano para a hotelaria, com taxas muito baixas de ocupação. Então, haverá leitos de sobra, tanto para serem negociados pela Match quanto pelos próprios hotéis", garante César Filho.

Apesar da confiança do setor, não há estimativas exatas sobre o número de visitantes que chegarão a Curitiba e região para os jogos da Copa. Um estudo desenvolvido pela Ernst & Young afirma que, de todas as cidades-sede, somente Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba estão preparadas para atender a demanda. Nas outras nove capitais, o número de turistas esperado supera a capacidade atual de hospedagem, ocasionando um déficit total projetado de 62.937 unidades.

Por outro lado, estimativas do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) apontam que, das 12 cidades-sede, apenas duas terão em 2014 menos leitos do que o mínimo exigido pela Fifa: Cuiabá e Manaus. "Confiamos plenamente que a nossa estrutura de hotelaria atende perfeitamente a demanda. Em 2014, teremos 20 mil leitos à disposição", garante o secretário municipal para assuntos da Copa em Curitiba, Luiz de Carvalho.

O vice-coordenador do curso de Turismo da UFPR e professor de Planejamento e Gestão em Meios de Hospedagem, José Manuel Gonçalves Gandara, afirma que não é possível garantir que toda a demanda seja efetivamente atendida durante a Copa. Mesmo assim, a opção do setor em não investir maciçamente na construção de novos hotéis é acertada.

"Temos de pensar no pós-Copa. Adiantaria aumentar absurdamente a capacidade hoteleira para depois não saber o que fazer com esses quartos? Hoje, Curitiba tem uma das diárias médias mais baixas do Brasil, justamente porque há uma briga dos hotéis em relação à demanda", defende.

Exigência

A disponibilidade de quartos é uma das exigências da Fifa para que as capitais recebam os jogos. A soma de leitos disponíveis na cidade e num raio de 150 quilômetros dela deve ser equivalente a 30% da capacidade máxima do estádio onde ocorrerão as partidas. Em Curitiba, como o projeto de conclusão da Arena da Baixada prevê lotação de pouco mais de 41 mil espectadores, a região teria de contar com pelo menos 12,4 mil leitos em 2014.

A relação com a quantidade de leitos disponíveis na região foi apresentada à Fifa ainda antes da divulgação de quais seriam as cidades-sede na Copa do Mundo, no início de 2009. O bloqueio, porém, varia em cada hotel. No Crowne Plaza Curitiba, 80% dos leitos foram separados para a Match. Já na Rede Slaviero, que conta com oito hotéis na Região Metropolitana de Curitiba, 50% dos leitos em cada unidade foram bloqueados para a Copa.

O número de leitos que efetivamente serão negociados pela Match, porém, só deve ser conhecido no início de 2014. Segundo o contrato firmado entre a Fifa e os hotéis, a agência tem até 31 de janeiro de 2014 para anunciar se irá dispor de todos os 13 mil quartos bloqueados.

Nessa data, a Match irá depositar a primeira parcela do pagamento dos leitos aos hotéis – equivalente a 50% do total vendido aos turistas. As diárias serão pagas em dólar, e poderão ser corrigidas conforme a taxa de câmbio na época do pagamento. Os valores já foram negociados e estão sendo mantidos em sigilo por empresários e entidades do setor.

Interatividade

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