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O presidente do BNDES, Demian Fiocca, disse nesta quinta-feira que ainda não foi informado se os representantes da VarigLog já entregaram a carta-consulta ao banco, solicitando o financiamento de US$ 2 bilhões para a aquisição de 50 aeronaves.

Sempre que o banco analisa um projeto de investimento, ressaltou Fiocca, a operação é mantida em sigilo. No entanto, se a carta-consulta da Varig for aprovada, a operação pode ser concluída em menos de dois meses.

Ele explicou que a linha de financiamento criada pela instituição contém um pacote de exigências, entre as quais, a hipoteca das aeronaves, seguro-garantia e caução de recebíveis.

— Continuamos trabalhando para fomentar o setor (aéreo), mas com prudência. O BNDES, desde o início das dificuldades enfrentadas pela Varig, procurou empreender ações de apoio, mas sempre com responsabilidade. Estamos satisfeitos de, hoje, discutir um plano de investimentos para a companhia. Não é mais o perfil de solução de emergência; a perspectiva é de uma empresa que volte às operações.

Fiocca também informou que não se encontra em estudo pelo banco a entrada no capital da VarigLog.

Já o diretor da área de Infra-estrutura do banco, Wagner Bittencourt de Oliveira, explicou que durante a reunião de ontem, com representantes da VarigLog e da Embraer, a nova Varig apresentou um breve relato dos principais planos da empresa e, também, interesse em conhecer a linha de crédito do banco para aquisição de aeronaves nacionais.

Ele ressaltou que a operação depende muito da capacidade da empresa de apresentar as informações necessárias para obter o financiamento.

Fiocca assinalou ainda que a linha de financiamento vem sendo desenvolvida ao longo de vários meses e foi discutida com outras empresas de aviação brasileira (TAM e Gol); portanto, não é uma linha para a Varig, mas sim para todo o setor.

Ele chegou a comentar que uma das empresas (TAM) chegou quase a utilizar o financiamento do banco, mas acabou optando pela compra de aeronaves estrangeiras de grande porte.

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