O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta (26), durante sua exposição na reunião com movimentos sociais no Palácio do Planalto, que o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano deve ter registrado crescimento próximo de 6%. O número oficial deverá ser divulgado nos próximos dias.
"No primeiro trimestre, estávamos crescendo a 5,8%. No segundo trimestre, 6,1% ao ano. No terceiro trimestre, crescemos algo próximo a 6%, uma marca muito superior à média histórica", informou o ministro.
Segundo ele, a trajetória de crescimento do PIB só não deverá se manter por conta da crise financeira internacional. Mantega afirmou que o Brasil é, entre os países emergentes, o que menos tem sofrido impacto da crise financeira mundial. "O Brasil demonstrou estar melhor preparado para este tipo de problema causado por esta crise", afirmou o ministro.
Emergentes
Mantega previu que nos países emergentes haverá uma desaceleração da economia, mas "sem recessão". Os países emergentes, segundo o ministro, terão na crise um comportamento "diferenciado: sofrerão também o impacto, que levará a uma desaceleração sem que haja recessão".
Isso não significa, porém, disse Mantega, que os países em desenvolvimento não sofrerão conseqüências da crise, pois haverá redução dos investimentos, redução do crédito e um considerável aumento do custo financeiro.
"E isso é o principal malefício, porque (esses problemas) reduzem o nível da atividade econômica", afirmou o ministro. "Os emergentes sofrem também uma saída de capitais, como ocorre no Brasil, China e Índia, onde havia abundância de capitais, investimentos e liquidez.
No momento em que estrangeiros (que investiam aqui) têm prejuízo no exterior, eles levam o dinheiro embora, para tapar buracos lá." Um dos poucos países emergentes onde há lucro, disse Mantega, "talvez seja o Brasil".
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