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| Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira (24), após reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o volume de crédito no Brasil já está maior e que "atingiu 80% do patamar anterior". Segundo ele, ainda há problemas com o crédito para exportação e os bancos pequenos e médios ainda não voltaram a oferecer linhas de financiamento.

"Num primeiro momento os bancos tentaram segurar o crédito, mas depois liberaram o crédito. Porém, uma faixa do setor financeiro ficou sem disponibilidade de crédito, como os pequenos e médios bancos", afirmou. Mantega disse que essas linhas representam cerca de 20% do total de financiamentos no Brasil.

Mantega disse ainda que o governo está tomando medidas anticíclicas para evitar que o país entre em recessão e mantenha uma taxa de crescimento de pelo menos 4% do PIB. "Se necessário for vamos fazer redução de impostos, já fizemos alguma coisa como o IOF", disse o ministro.

Simples

O ministro voltou a dizer que a postergação de 60 dias para o pagamento do Simples – tributo cobrado das micro e pequenas empresas – será debatido com os governadores nesta semana. "Eu conversei com o governador Serra [José Serra, de São Paulo] e ele concordou com a medida e na quinta-feira [27] convidei os governadores do Nordeste para falar da reforma tributaria. Vou aproveitar para falar dessa questão. Vou falar até quinta com os outros governadores por telefone", disse.

Se os governadores concordarem, Mantega pretende aprovar o adiamento dos pagamentos por 60 dias no Conselho Gestor do Simples ainda neste mês para valer já em dezembro. Com isso, os micro e pequenos empresários poderão fazer caixa com o dinheiro dos impostos em dezembro e janeiro e recomeçar a pagar o Simples em fevereiro.

Lula

Mantega disse que o presidente ficou satisfeito com a apresentação feita pela equipe ministerial nesta segunda. Segundo o ministro, foi demonstrado que "o Brasil continua um país sólido, atravessando essa incongruência, que é forte, e que nós não a subestimamos. Porém demonstrando que nós temos condições de atravessar minimizando os prejuízos."

Pacote

O ministro voltou a garantir que não haverá pacote econômico no Brasil. "O governo não vai anunciar nenhum pacote. Essa infiormação é totalmente equivocada. Aliás, o governo procurou não fazer nenhum pacote. Pacotes têm uma marca negativa do passado. O que nós temos feito é responder as questões na medida em que elas se colocam. Há medidas que são feitas para enfrentar os vários problemas colocados por essa crise. E vamos continuar tomando medidas. Hoje não serão anunciadas nenhuma medida," afirmou.

Recessão

O ministro também avaliou que, mesmo com prejuízos e crescimento menor, o Brasil ainda sairá da crise "de forma robusta, mantendo crescimento."

"Os países emergentes não entrarão em recessão, não haverá recessão nos países emergentes. Haverá uma desaceleração. E passada essa conjuntura nós até estaremos em condições favoráveis para continuarmos crescendo," garantiu.

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