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O número de demissões de trabalhadores no comércio com mais de um ano de carteira assinada cresceu em janeiro para 180 por dia, contra 120 em janeiro do ano passado. Os dados são do Sindicato dos Empregados do Comércio de Curitiba e Região (Sindicom) e não inclui as homologações de demissões feitas na Delegacia Regional do Trabalho.

O presidente do sindicato, Ariosvaldo Rocha, diz que os comerciários estão preocupados com o aumento no volume de desligamentos porque a maioria dos acertos realizados no sindicato são de trabalhadores que foram demitidos e substituídos por outros com salário mais baixo. O piso salarial varia entre R$ 383 e R$ 426.

Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) mostram que a diferença de salário de um funcionário contratado para substituir um demitido é de 13,5% na média nacional e de 11,5% no Paraná. O comércio paranaense realiza anualmente 14 convenções coletivas para negociar salários com diferentes ramos de atividade varejista. As primeiras começarão em março.

Segundo balanço dos indicadores do comércio apresentado ontem pelo Dieese em conjunto com o Sindicato dos Empregados do Comércio de Curitiba e Região, enquanto o volume de vendas do comércio do Paraná caiu 0,97% em 2005, quando comparado ao ano anterior, o número de empregos cresceu 6,16%. Ainda assim, o volume de empregos ficou 28% abaixo do de 2004. "A economia do Paraná sentiu mais de perto os efeitos do câmbio e a quebra da safra, e a redução dos preços agrícolas reduziu a renda da população, principalmente no interior, com reflexos no comércio", disse.

Em 2004, os comércios atacadista e varejista geraram 35.049 postos de trabalho contra 25.183 no ano passado. Foram 15.782 no interior e 9.401 na Grande Curitiba. O comércio responde por 21% do total de empregos do Paraná.

Desemprego aumentou para 9,2% no país

A taxa de desemprego no país aumentou para 9,2% em janeiro, contra 8,3% de dezembro. Apesar do avanço, que era previsível, este é o segundo melhor resultado da nova série histórica da pesquisa mensal de emprego, iniciada em março de 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro de 2005, a taxa ficara em 10,2%. O rendimento médio do trabalhador diminuiu 1,2% em janeiro, em comparação com dezembro, mas aumentou 2,3% frente a janeiro do ano passado. No confronto com dezembro, a única categoria que não teve perda salarial foi a dos trabalhadores com carteira assinada, cujos rendimentos se mantiveram estáveis. Trabalhadores sem carteira e por conta própria tiveram quedas de, respectivamente, 1,2% e 2,3% em seus rendimentos.

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