O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (3) após a queda registrada no início da sessão atrair compradores, em meio à piora externa, e depois que o governo divulgou que a balança comercial do país teve o maior déficit da história em janeiro. Enquanto isso, indicadores ruins da China e dos EUA reforçaram o sentimento de aversão ao risco que vem penalizando os ativos emergentes nas últimas semanas.
No fim de semana, a China divulgou que seu índice oficial de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial caiu para 50,5 em janeiro, de 51 em dezembro. Já o PMI de serviços recuou para 53,4 em janeiro, de 54,6 em dezembro. Nos EUA, o PMI medido pela Markit recuou para 53,7 em janeiro, de 55,0 em dezembro, enquanto o índice medido pelo ISM caiu para 51,3 no mês anterior, de 56,5 no último mês do ano passado.
Já o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial brasileira teve déficit de US$ 4,057 bilhões em janeiro, o maior rombo na série histórica, iniciada em 1994. Mesmo assim, o resultado ficou levemente melhor do que era esperado pelos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que previram déficit negativo de US$ 4,500 bilhões.
Nesse cenário, o dólar, que iniciou a sessão pressionado por um movimento de realização de lucros, voltou a subir no meio do pregão, com a cotação perto de R$ 2,40 atraindo compradores. O movimento foi fortalecido após os dados da balança comercial. O dólar à vista no balcão encerrou a sessão cotado a R$ 2,4350, uma alta de 0,70%. Por volta das 16h30, o giro estava em torno de US$ 606,55 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para março avançava 0 86%, a R$ 2,4530. O volume de negociação estava próximo de US$ 16,20 bilhões.
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