O dólar comercial fechou em alta nesta quinta-feira (5), acompanhando a piora de humor dos mercados de todo o mundo. No fechamento, atingiu R$ 2,382, com alta de 0,5% sobre a cotação da véspera.

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O pacote econômico chinês, anunciado ontem por volta das 23h de quarta-feira (horário de Brasília) pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, não animou os mercados financeiros. Jiabao deu detalhes de um estímulo econômico de US$ 585 bilhões, e assegurou que o país crescerá cerca de 8% em 2009.

Cautela

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De acordo com João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora, "o mercado doméstico de câmbio ainda está muito ligado aos mercados acionários externos". Por isso, as reações negativas e a aversão a risco fazem os investidores ficarem mais cautelosos, o que justifica a compra de dólares.

Além da decpção com o pacote chinês, a montadora norte-americana General Motors informou nesta quinta-feira que seus auditores levantaram uma "dúvida substancial" quanto à sua capacidade de sobreviver a uma falência caso não consiga diminuir as perdas e gerar caixa. Outra grande empresa, a GE, adicionou mais pessimismo aos mercados, com temores de investidores sobre sua divisão financeira e preocupações com relação a um possível declínio na nota de crédito da companhia. Diante deste cenário, mercados de todo o mundo registraram fortes baixas. "Colchão"

Para Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liquidez, os fundamentos da economia brasileira contribuem para amortecer a desvalorização do real. "Em relação às outras moedas, o real está se depreciando menos", citou.

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