O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (6) que vê "pouca coisa acontecer por parte dos países ricos", às vésperas da reunião do G-8 (grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia), na Itália, que começará na próxima quarta-feira (8). "É preciso cobrar o que decidimos que o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial iriam fazer", afirmou Lula, no programa semanal de rádio "Café com o Presidente".

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O presidente disse que conta com avanços dos países ricos e reafirmou que o "grande fórum de discussões das questões econômicas" deveria ser o G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias desenvolvidas e emergentes), cujo encontro ocorrerá em setembro deste ano, nos Estados Unidos.

Lula ressaltou, entre os assuntos que devem pautar o G-8, a segurança alimentar, e recordou que, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a quantidade de cidadãos que passam fome no planeta deve superar 1 bilhão este ano.

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De acordo com o presidente, o Brasil tem "uma lição a dar" e "experiência" por meio de projetos como o Mais Alimentos. "Vamos chegar (à reunião do G-8) numa posição confortável de discutir, em condições de igualdade, com os países ricos do mundo. A verdade é que a situação está tão complicada que hoje é muito difícil os países ricos tomarem uma posição que não leve em conta o chamado Bric (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China)", afirmou.

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