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O dólar encerrou o pregão desta segunda-feira (17), marcado pelo baixo volume de negócios, praticamente estável ante o real, após passar toda a sessão flutuando ao sabor de operações pontuais, com investidores relutando em fazer grandes apostas em meio ao cenário de incertezas políticas.

O dólar recuou 0,02%, a R$ 3,4823 na venda. Na mínima da sessão, a divisa norte-americana atingiu R$ 3,4612 e, na máxima, R$ 3,5063.

Bolsa brasileira fecha em queda pelo quinto dia seguido

“O mercado está bastante vazio. Qualquer cotação faz preço, não precisa ser lote expressivo”, disse o especialista em câmbio da corretora Icap Ítalo Abucater.

A grave crise política no Brasil, que teve leve trégua na semana passada após a aproximação do governo com o Senado, está deixando o mercado cauteloso. Investidores temem que golpes à credibilidade do país afastem capitais do mercado brasileiro.

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No domingo, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra a presidente, mas o contingente de manifestantes não surpreendeu. “As manifestações foram grandes, mas menos intensas que as anteriores. E isso o mercado já havia colocado no preço”, disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

Juros nos EUA

Pela manhã, a moeda dos EUA chegou a mostrar alta relevante, acompanhando o movimento em outros mercados em meio a expectativas de alta de juros nos Estados Unidos.

Operadores vêm afirmando que parece cada vez mais claro que o Federal Reserve, banco central norte-americano, começará a elevar os juros em breve, com boa parte apostando no aumento já no mês que vem. Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil.

“O dólar abriu acompanhando o exterior, mas voltou para onde deveria. Na ausência de notícias, é normal o mercado ficar mais cauteloso”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Swaps

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou US$ 4,899 bilhões, ou cerca de 49%, do total de US$ 10,027 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

Mesmo com manifestações, Bolsa cai pelo quinto dia seguido

Os protestos contra o governo federal, que ocorreram em todo o país neste domingo (16), não trouxeram grandes impactos no mercado financeiro desta segunda-feira (17). Mesmo assim, a Bolsa brasileira fechou em baixa pelo quinto dia consecutivo, influenciada por dados mornos no exterior.

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou as negociações desta segunda com queda de 0,61%, aos 47.217 pontos. É o menor patamar desde 30 de janeiro deste ano, quando o Ibovespa fechou a 46.907 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,6 bilhões.

“O Ibovespa caiu um pouco pois lá fora a situação ficou meio mista. EUA subiu bem, Europa foi bem mista e Ásia ficou mais para positivo. Havia um certo temor para as manifestações, mas elas foram menores do que as de março”, afirmou Lauro Vilares, analista da Guide.

As ações da Oi e do grupo JBS registraram a maior queda do pregão, com -8,71%, cotada a R$ 3,04 e -4,38%, a R$ 14,41, respectivamente.

Os papéis do setor bancário ainda refletiram os rumores de uma possível alta na tributação e encerraram o dia em baixa. As ações do Banco do Brasil tiverem queda de 1,24%, a R$ 19,06, enquanto que Itaú e Bradesco registraram baixa de 0,45% (R$ 26,55) e 0,99% (R$ 23,97), respectivamente.

O preço do petróleo no exterior, que registrou nova queda, influenciou as ações da Petrobras. As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas, registraram baixa de 1,40%, cotadas a R$ 9,17, enquanto que os papéis ordinários, com direito a voto, tiveram queda de 0,58%, a R$ 10,29.

Já a Vale fechou em baixa, acompanhando o preço do minério na China. As ações ordinárias da empresa fecharam em baixa de 0,82%, a R$ 18,05, enquanto que as preferenciais tiveram queda de 0,77%, a R$ 14,23.

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