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Além de assistir ao piloto Nelsinho Piquet conduzir o carro da equipe Renault a mais de 250 quilômetros por hora em uma avenida do Ibirapuera, cerca de 100 mil paulistanos conferiram outra atração rara no Renault Roadshow, evento realizado no fim de semana. Eles puderam ouvir um motor de Fórmula 1 – com rotações controladas por computador – executar o "parabéns a você", em homenagem aos dez anos da montadora no Brasil.

Mas, ao menos neste fim de ano, nenhum funcionário da fábrica de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, terá festa parecida. As férias coletivas da montadora começaram ontem e vão até 5 de janeiro – por isso, seus mais de 4 mil trabalhadores estarão em casa na quinta-feira, dia em que a unidade completa uma década. Antes de pensar em comemoração, a empresa precisa adequar sua produção à retração sofrida pelo mercado automobilístico.

"O mercado vem caindo desde outubro e continuará caindo pelos próximos meses. Estamos e continuaremos fazendo ajustes, para cadenciar a produção", disse o vice-presidente comercial da Renault do Brasil, Christian Pouillaude, em entrevista à Gazeta do Povo. Sem confirmar se tais ajustes podem incluir cortes de funcionários, o executivo afirmou que "dificilmente 2009 será um ano tão bom quanto 2008". Segundo ele, o desempenho atual só será repetido se houver alguma recuperação ao longo do ano, provavelmente no segundo semestre.

Até outubro, a Renault vendeu 102 mil veículos – e em novembro provavelmente bateu a marca de 106 mil carros vendidos em um ano, algo que esperava conseguir apenas em 2009. Seu crescimento em 2008, de 67%, ainda é bem superior ao de 25% exibido pelo mercado. Mas, em outubro, vendeu apenas 6,4 mil veículos, com queda de 44% em relação a setembro e de 26% na comparação com outubro de 2007. (FJ)

O repórter viajou a convite da Renault.

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