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8,6 mil podem ficar sem salário durante a greve

Cerca de 8,6 mil funcionários públicos temporários do estado do Paraná estão sujeitos a não receber salário em função da greve dos bancos. Esse número de trabalhadores representa 45% do total contratado por meio do Processo de Seleção Simplificado (PSS) e recebe os vencimentos diretamente na boca do caixa, por meio de ordem de pagamento. A maior parte dos "PSS", como são chamados, trabalha na rede estadual de ensino.Leia a matéria completa

Parte dos bancários de Curitiba, que estão em greve desde a semana passada, realizou um protesto na manhã desta quinta-feira (1º) na esquina das ruas XV de Novembro e Monsenhor Celso, no calçadão do Centro da capital. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a manifestação foi motivada pela utilização de força policial que teria ocorrido em três agências do Itaú na tarde de quarta-feira (30).

"O banco alegou que tinha uma liminar que proibia piquetes no local, mas essa decisão já foi derrubada na terça-feira (29)", explica Antônio Luiz Fermino, diretor de finanças do sindicato. Para a manifestação desta quinta, a entidade montou um boneco com sete cabeças, para ser queimado em público. Segundo os trabalhadores, o boneco representa os dirigentes dos principais bancos públicos e privados do país.

Aproximadamente 15 pessoas participaram do protesto. "É uma manifestação simbólica, já que ainda temos de manter um pessoal em frente às agências", explica o sindicalista Márcio Killer.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Itaú Unibanco e aguarda uma resposta da empresa com relação às acusações dos trabalhadores. Na quarta-feira, o banco afirmou que respeitava o direito de greve dos trabalhadores, mas que naquele momento não iria se pronunciar sobre a questão.

Agências fechadas

Nesta quinta-feira, 260 das 444 agências bancárias de Curitiba e região metropolitana amanheceram fechadas, segundo levantamento do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. A entidade estima que cerca de 13 mil trabalhadores estejam de braços cruzados.

Conforme o balanço do sindicato, desde o início da greve, os números têm crescido a cada dia. No primeiro dia de (24), há uma semana, 144 agências fecharam na capital paranaense e região, totalizando cerca de 32% das unidades bancárias existentes. Nesta quinta, o índice chega a 58,5% das agências.

Reunião

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o comando nacional de greve fazem nesta quinta-feira a primeira reunião de negociação desde o início da paralisação. A audiência começou às 10 horas, em São Paulo, foi suspensa no início da tarde para o almoço, e deve ser retomada às 15h30.

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região afirma que pode encerrar a greve ainda nesta tarde caso julgue satisfatória uma possível nova proposta da entidade patronal. Os trabalhadores realizam uma assembleia às 17 horas na capital paranaense para discutir os rumos do movimento.

Reivindicações

Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário, auxílio refeição de R$ 19,25, cesta-alimentação, auxílio creche e uma garantia da manutenção dos empregos.

Na última proposta apresentada, a Fenaban, entidade patronal, ofereceu 4,5% de reajuste, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e uma PLR dividida em duas parcelas. A primeira seria equivalente a um salário e meio na faixa de até R$ 10 mil, mais 4% do lucro líquido de 2009. A outra seria de 1,5% do lucro líquido, distribuído, igualmente, entre os empregados, até R$ 1.500. Não houve menção à garantia de empregos.

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