A fabricante de aeronaves Embraer divulgou comunicado nesta quinta-feira (19) informando que, em decorrência da "crise sem precedentes que afeta a economia global", terá que reduzir o seu quadro de 21.362 empregados em 20%, o que acarretará mais de 4 mil demissões.
Segundo a nota da empresa com sede em São José dos Campos (SP), serão afetadas as áreas operacional, administrativa e de liderança, incluindo a eliminação de um nível hierárquico na estrutura gerencial.
A assessoria de imprensa da companhia afirmou não poder informar qual o número exato de vagas a serem cortadas e nem a modalidade das demissões - se diretas ou por meio de planos de incentivo, como um Programa de Demissões Voluntárias (PDV).
Mercado externo
A companhia afirmou que, apesar de estar sediada no Brasil, mais de 90% de seu faturamento é provenienete do mercado externo. Por isso, a empresa não se beneficiaria da maior força que o mercado nacional vem mostrando diante da crise financeira internacional.
Em comunicado, a empresa afirmou que, em virtude do cenário que se apresenta, a Embraer reviu suas estimativas para 2009. A empesa estima entregar 242 aeronaves no período, com uma receita prevista de US$ 5,5 bilhões. A estimativa de investimentos também foi revisada, e agora é de US$ 350 milhões para o ano.
Perfil
Fundada em 1969, a companhia com sede no Brasil também tem operações em países como Estados Unidos, França, Portugal, China e Cingapura. A companhia desenvolve aeronaves para fins comercial, executiva e de defesa. A carteira de pedidos firmes da Embraer somava US$ 20,9 bilhões ao fim de 2008. Até 31 de janeiro deste ano tinha 21.362 empregados.
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