De maio a julho, os bancos centrais dos mercados emergentes gastaram US$ 81 bilhões, o equivalente a 2% de suas reservas internacionais, somadas, em tentativas de conter a alta da cotação da moeda americana, aponta estudo do banco Morgan Stanley, segundo o Financial Times (FT).
O levantamento exclui a China e aponta que Brasil e Rússia ainda têm "amplas reservas" apesar das intervenções no câmbio, enquanto a enquanto a Índia, cuja moeda, a rúpia, se desvalorizou fortemente nos últimos meses, perdeu 5,5% de suas reservas.
O pior resultado veio da Indonésia, com 13,6%, seguido de Turquia, com 12,7% de perdas e Ucrânia, com 10%. Já Lituânia, Letônia, Polônia, Israel e Colômbia conseguiram ampliar as reservas em cerca de 1%.
As reservas internacionais são usadas pelos governos, normalmente, como um "colchão" contra turbulências na economia. De acordo com o FT, apesar de o ritmo da queda ter surpreendido os analistas, elas ainda são bem maiores, na média, do que em crises econômicas passadas.
"É uma verdadeira mudança de regime, comparado ao que nos acostumamos nas décadas passadas. Vimos enorme acumulação de reservas, à medida que os mercados emergentes tentavam conter a apreciação do câmbio, mas agora estamos vendo o exato oposto", afirmou James Lord, estrategista do Morgan Stanley, ao diário britânico.
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