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Luiz Carlos Bitencourt, fundador e proprietário da FIbracem | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Luiz Carlos Bitencourt, fundador e proprietário da FIbracem| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Planejamento

Empresa projeta crescimento de 31%

O faturamento da Fibracem cresceu 23% em 2012. Para este ano, a previsão é de uma alta de 31%. A nova linha de produção de cabos de fibra ótica, inaugurada na virada de 2012 para 2013, deve ser o carro-chefe das vendas.

Para Luiz Carlos Bitencourt, dono da empresa, o motor do crescimento é o desenvolvimento de novos produtos. Uma equipe de quatro engenheiros – e também o fundador – trabalham ativamente no laboratório de inovação atrás de uma meta ambiciosa: registrar, a cada ano, entre duas e três patentes de novos produtos.

"Trabalho com fibra ótica desde 1981, sou técnico em telecomunicações. Por isso, estou muito ligado ao desenvolvimento de novos produtos. É essa ênfase em inovação que faz com que o mercado aguarde novos lançamentos nossos, que move a empresa e a que fez crescer por 20 anos seguidos", explica.

Como sustentar 20 anos de crescimento ininterrupto? Luiz Carlos Bitencourt, fundador da Fibracem, especializada no segmento de telecomunicações, mostra que é possível manter altas constantes no faturamento, desde que haja inovação e investimento no desenvolvimento de novos produtos. A empresa, com sede em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), trabalha com metas para registrar novas patentes a cada ano – muitas delas são desenvolvidas pelo próprio Bitencourt.

A Fibracem surgiu em 1993, quando Bitencourt resolveu empreender na área de telecomunicações, segmento em que já atuava, como funcionário de uma grande empresa do setor. "Vi na época que as companhias estavam terceirizando os processos que não eram a sua finalidade. Observei essa oportunidade e entrei no mercado", conta.

A primeira sede da Fibracem ficava no bairro Fanny, em Curitiba, mas, por causa da falta de espaço para ampliar as linhas de produção e devido às mudanças de zoneamento da região – com a implantação da Linha Verde no lugar da BR-116, a prefeitura buscou mudar o perfil dos bairros que margeam a nova avenida –, um novo espaço foi erguido em Pinhais, com capacidade de produzir, entre outras coisas, 550 quilômetros de cabo de fibra ótica por mês.

Na época que a empresa começou a produzir, acessórios de telecomunicações eram importados e apenas grandes empresas os utilizavam. Com a informatização e a popularização dos equipamentos para casas e pequenos negócios, a demanda aumentou. "Prestamos muita atenção ao mercado, para não perder oportunidades", frisa.

Desde 2008, a Fibracem conta com um departamento focado no relacionamento com clientes de países da América do Sul. Hoje, 10% da produção é exportada ao Paraguai – a chegada ao mercado vizinho se deu pela proximidade com Itaipu, conta Bitencourt. "Fornecíamos para a usina e muitos paraguaios passaram a nos conhecer. Não pensávamos em exportar no início, mas foi um caminho natural", relembra.

Bitencourt se orgulha em ajudar a formar um polo de produção de acessórios de telecomunicações na Grande Curitiba – ele conta 15 empresas na região com esse perfil. "Muitos ex-funcionários e antigos fornecedores abriram empresas no setor nos últimos anos. Damos treinamento na Fibracem e sempre passei informações sobre o setor a eles. Ajudamos a formar essa cadeia", diz.

Viradas do mercado:

O empre­­endedor deve estar atento às mudanças do mercado para identificar boas oportu­nidades de negócio.

Atenção aos fatores externos:

É preciso estar antena­­do à legislação da cidade, do estado e do país. Pequenas mudanças podem trazer grande impacto à empresa.

Prepare sua produção:

A produção da empresa pode acom­­panhar ondas do mercado. Conheça-as e esteja preparado para atendê-las.

Expor­­tação:

Há potencial para exportar seu produto ou serviço? Se sim, conheça os países que podem se tornar clientes da sua marca.

Net­­working:

A propagan­da boca a boca é uma ferramenta poderosa de marketing. Mantenha bom rela­cionamento com clientes para chegar a outros clientes.

Inove:

Inovar não é só criar novos produtos, mas também, por exemplo, modificar processos, para reduzir custos.

Labora­­tório:

Uma das maneiras de estar atualizado e pensar em inovações é acompanhar o mercado, participar de eventos na área e ler bastante sobre o segmento.

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