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A Energisa informou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que tem interesse, em parceria com a paranaense Copel, na compra do controle do endividado Grupo Rede Energia, que tem oito de suas nove distribuidoras de energia sob intervenção pelo governo desde o fim de agosto.

A indicação de interesse de Energisa e Copel no Grupo Rede ocorre menos de uma semana depois de CPFL e Equatorial Energia terem assinado um memorando de entendimentos com o objetivo de assumir o controle indireto do Grupo Rede.

A CPFL e a Equatorial tem exclusividade nas negociações com o empresário Jorge Queiroz Junior, controlador do Grupo Rede, até o fim do ano, segundo o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Junior.

Assim, não está claro como poderia ser bem-sucedida à proposta rival pelo Grupo Rede apresentada por Energisa e Copel diretamente à Aneel.

Pelo regime de intervenção decretado em oito das nove distribuidoras do Grupo Rede em 31 de agosto, a companhia teria dois meses para apresentar um plano de reequilíbrio financeiro. Se for viável, a Aneel aprova a proposta e a intervenção é suspensa. Sem isso, depois desse prazo, os interventores podem negociar diretamente a venda dos ativos.

O plano de Energisa e Copel para o Grupo Rede prevê aportes financeiros iniciais na companhia, segundo comunicado ao mercado da Energisa nesta quarta-feira.

Ainda conforme o documento, que não traz valores, a operação seria feita de forma a garantir a continuidade da distribuição de energia e demais atividades e compromissos decorrentes das concessões do Grupo Rede, assim como plano de reestruturação e saneamento para o médio e longo prazos.

O Grupo Rede tem uma dívida total estimada em 5,7 bilhões de reais. As distribuidoras da holding distribuem energia em 34 por cento do território nacional, uma área com cerca de 20 milhões de habitantes. O faturamento bruto anual é da ordem de 11 bilhões de reais.

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