Empresa de locação e serviços também atua com operações e gestão de frotas| Foto: Rodrigo Felix Leal/Gazeta do Povo

Flexibilidade é um dos valores e palavra de ordem dentro da Ouro Verde. A empresa, que começou como transportadora, em 1973, logo adaptou suas atividades e passou a focar na locação de veículos e serviços operacionais. Mudou a sede de Ponta Grossa para Curitiba dez anos após a fundação. Mas uma das grandes mudanças aconteceu em 2008, com a contratação de um corpo executivo que organizou a profissionalização da empresa e trouxe um modelo de governança corporativa.

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A ação trouxe para a Ouro Verde Locações e Serviços um crescimento com resultados visíveis: o faturamento passou de R$ 100 milhões, em 2008, para aproximadamente R$ 1 bilhão em 2016. A empresa fechou o terceiro trimestre deste ano com uma receita de R$ 723 milhões. Esse desempenho, ancorado em um sistema de gestão profissional, colocou a empresa na segunda colocação do Prêmio Bem Feito no Paraná 2016, uma realização da Gazeta do Povo, com apoio técnico do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade.

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Para o diretor comercial da Ouro Verde, David Zini, o crescimento aconteceu de uma maneira sustentável através da redução do endividamento, realocação da frota, investimento em seleção de pessoas, automatização de processos e terceirização de frota. “A empresa conseguiu se manter estável durante o ano porque estudou o ambiente macroeconômico e montou estratégias para contornar as dificuldades”, explica.

Pela primeira vez, o orçamento foi reestruturado enquanto ele já estava em curso. Assim, a empresa conseguiu contornar a dificuldade que encontrou em um segmento de atuação e passou a focar em outro, mantendo a rentabilidade.

Essas medidas são norteadas não só pela flexibilidade, mas também por outros valores da empresa, como a visão de dono do negócio que cada funcionário deve ter.

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Na sede da empresa, as salas têm televisões que apresentam índices relevantes para ajudar os colaboradores nas tomadas de decisão. Cada setor tem um quadro para organizar a gestão do seu trabalho. Os funcionários estão acostumados com as mudanças de planos e são instigados a trazer sugestões. A empresa tem cerca de 2 mil funcionários distribuídos por unidades em vários estados.

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Atuação

A Ouro Verde tem uma parceria relevante com as indústrias de etanol, mas também trabalha nas áreas de mineração, florestal, tratamento de resíduos, telecomunicações, tecnologia e transporte. O índice de renovação dos contratos – todos de longo prazo – é de 96%, garantia da satisfação dos clientes, medida com pesquisas regulares.

Novidades

Em 2014 a empresa apresentou um novo negócio: a terceirização da gestão de frotas. A ideia é oferecer aos clientes uma equipe que vai cuidar da locação, manutenção e troca dos veículos, pagamento de multas e redução de prejuízos com uso da frota fora do horário de jornada e infrações de trânsito.

E a última mudança na empresa veio com um investimento de cerca de R$ 15 milhões: um novo sistema que alinha e controla todos os processos executados dentro da Ouro Verde. A automatização permite que os gestores enxerguem como ela está funcionando e onde é possível refazer os procedimentos para ter estabilidade e crescimento. A ferramenta automatiza alguns raciocínios e direciona a flexibilidade. O sistema mostra os ativos da empresa em tempo real, garantindo eficiência e produtividade.

Todas as decisões são comunicadas

A Ouro Verde tem um setor de RH com 27 pessoas organizando os programas de formação contínua, remuneração variável e voluntariado. Elas também são as responsáveis por garantir uma boa comunicação interna, considerada essencial para a evolução da empresa no estilo de trabalho que ela tem, com constantes mudanças. “Cada área tem um bussiness partner, que é a pessoa que faz a comunicação com o RH e alinha o time, garante a excelência do trabalho”, diz o gerente de planejamento comercial da Ouro Verde, Fabio Kalil.

A empresa tem canais de comunicação entre a presidência e os colaboradores, e entre os gerentes das unidades operacionais com as pessoas que trabalham diretamente com os clientes. “A informação é disseminada, chega até as pontas”, conta Kalil. Para ele, os bons resultados e a pesquisa de clima, feita a cada dois anos na empresa, mostram que o envolvimento está dando certo.

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