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As exportações brasileiras do agronegócio atingiram recorde de US$ 71,9 bilhões em 2008, um acréscimo de US$ 13,4 bilhões em relação a 2007, o que corresponde a 23% de crescimento. O superávit da balança comercial do agronegócio também registrou recorde, alcançando a cifra de US$ 60 bilhões, contra US$ 49,7 bilhões em 2007. A participação do setor nas exportações totais brasileiras foi de 36,3%. As informações foram divulgadas ontem pelo Ministério da Agricultura.

O saldo da balança veio dentro da estimativa do governo, entre US$ 55 bilhões e US$ 60 bilhões, que desde o início de 2008 apontava o aumento dos preços das commodities (ocorrido antes do estouro da crise econômica mundial, em setembro) como fator de estímulo ao agronegócio brasileiro.

Segundo o ministério, o bom desempenho das exportações em 2008 foi resultado do aumento da receita com a venda dos principais produtos da balança comercial do agronegócio. O complexo soja (óleo, farelo e grão) registrou crescimento de 58%; o setor de carnes, 29%; café, 22%; fumo e seus produtos, 22%; complexo sucroalcooleiro, 18%; e produtos florestais, 6%. O complexo soja manteve a liderança das vendas, ao encerrar 2008 com receita de US$ 18 bilhões. Em segundo lugar, permaneceram as carnes alcançando o valor de US$ 14,5 bilhões. Em 2007, o valor das vendas desses setores (soja e carnes) já tinha ultrapassado a casa dos US$ 10 bilhões.

A receita com as exportações de produtos lácteos apresentou incremento de 80%, saltando de US$ 299 milhões em 2007 para US$ 541 milhões no ano passado. Também este segmento foi beneficiado pelo aumento dos preços dos produtos no mercado internacional. Além disso, muitos produtos registraram acréscimo em volumes embarcados na comparação com 2007, como o álcool (45%) e os lácteos (43%).

Também registraram crescimento expressivo o mel, devido à retomada das vendas à União Europeia (UE), os animais vivos e rações. Os produtos de origem vegetal responderam por 72,8% da pauta exportadora do agronegócio, praticamente a mesma proporção em 2007, quando corresponderam por 72,3% das exportações.

China

Devido ao forte crescimento das exportações para a China (70%), este país passou a ocupar a primeira posição no ranking dos mercados compradores de produtos do agronegócio brasileiro, absorvendo isoladamente 11% das exportações, que continuam muito concentradas em soja, em torno de 77,6%. Em apenas um ano, a China saiu da terceira para a primeira posição. Em segundo lugar estão os Países Baixos, com 9% de participação, e os Estados Unidos, em terceiro, com 8,7%.

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