Nos dois últimos anos (2005 e 2006), as transferências de jogadores de futebol brasileiros para o exterior renderam mais dólares ao país do que as vendas de algumas frutas tradicionais da pauta de exportações brasileira, como banana, melão, mamão e uva, ou mesmo de alguns produtos industrializados.
Em 2005, segundo dados do Banco Central, entraram no Brasil US$ 159,2 milhões referentes à exportação de jogadores para clubes do exterior. No ano passado, o volume de dólares foi um pouco menor, tendo totalizado US$ 131 milhões.
De acordo com o Ministério de Desenvolvimento, as exportações brasileiras de banana somaram US$ 33,027 milhões em 2005 e US$ 38,460 milhões em 2006. Já as vendas de melão para o exterior totalizaram US$ 91,478 milhões (2005) e US$ 88,238 milhões (2006).
No caso do mamão, as exportações foram de US$ 30,637 milhões (2005) e US$ 30,028 milhões (2006). O ganho com a transferência de jogadores também supera as exportações de uva fresca, que renderam ao país US$ 107,276 milhões (2005) e US$ 118,432 milhões (2006).
No entanto não é apenas em relação às frutas que o produto futebol é mais lucrativo. A venda de jogadores também rendeu mais que as exportações brasileiras de instrumentos e aparelhos médicos, que totalizaram US$ 104,146 milhões (2005) e US$ 119,175 milhões (2006).
Segundo o Banco Central, os dólares provenientes da venda de atletas entram na balança de serviços. O órgão começou a contabilizar os valores das transferências em 1993, e, desde então, a exportação de jogadores já rendeu ao país mais de US$ 1 bilhão.
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