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Novos nomes na diretoria

Dos 50 postos da diretoria que tomou posse ontem na Fiep, 31 foram ocupados por novos nomes. Um deles é o deputado federal pelo Partido Progressista (PP) Ricardo José Magalhães Barros, que assumiu como vice-presidente. Engenheiro civil, cumpre atualmente o quarto mandato na Câmara Federal. Seu currículo registra passagem extensa pela política, como líder do governo no Congresso em 2002 e prefeito de Maringá entre 1989 e 1993. Também atuou como consultor de empresas e possui emissoras de rádio no Noroeste do estado.

O conselho fiscal traz lideranças femininas. Ursula Marta Kayser tem 30 anos de atuação na indústria gráfica, como presidente de várias associações do Oeste do estado, e agora passa a fazer parte da diretoria da Fiep. A representação feminina inclui ainda Joice Roncaglio (diretora suplente) e Maria Abigail Fortuna (conselho fiscal).

Saem nomes como o secretário de estado da Indústria e Comércio, Virgílio Moreira Filho, que era primeiro vice-presidente da diretoria anterior. Como assumiu o cargo de secretário, no início deste ano (pela segunda vez), ele optou por se retirar da Fiep. Outra baixa foi o concorrente de Loures nas eleições, Álvaro Scheffer, derrotado com cerca de 40% dos votos. Ele afirma que continuará apoiando a atuação da Federação.

Já o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Ardisson Akel, considerou mais adequado não ficar mais um quadriênio como vice-presidente da Fiep. Ele continua integrando o Conselho de Representantes, pois é presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Curitiba. (HC)

Em seu discurso de posse, ontem à noite, o presidente reeleito do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, comprometeu-se com a interiorização das atividades da entidade no Paraná. "Esse trabalho foi retomado no primeiro mandato e será aprofundado", afirmou. "Espero que seja levada com mais força para o interior a capacitação de mão-de-obra, porque o interior acaba não tendo o mesmo peso que a capital, apesar de essa já ter sido uma bandeira no primeiro mandato", pondera o diretor da Usina Santa Terezinha, Sidney Meneguetti.

Rocha Loures não deixou de citar no discurso o trabalho de modernização realizado a partir de 2003, quando assumiu a presidência da Fiep. Na gestão dele, o investimento da entidade aumentou 15 vezes e a oferta de serviços à indústria, 5. Estes foram motivos de uma ressalva de sua parte. "Nosso desafio é fazer com que a indústria compreenda melhor como utilizar o Sistema Fiep para melhorar sua competitividade."

O presidente reeleito também retomou o "mantra" do primeiro mandato: a afirmação de que a política tributária do governo federal retém o desenvolvimento do setor. "Os industriais demonstram uma extraordinária capacidade empreendedora e vontade de crescer, apesar de uma política macroeconômica que penaliza a produção com os juros mais altos do mundo e carga tributária absurda", disse. O vice-presidente da República, José Alencar, estava presente.

A solenidade de posse foi uma demonstração do apoio angariado por Rocha Loures durante seu primeiro mandato. Em frente ao pavilhão do centro de eventos da Fiep (Cietep), ônibus desembarcaram grupos de vice-presidentes e coordenadores regionais, que viajaram a Curitiba para participar do evento. O apoio setorial também foi simbolizado pela presença do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, além do prefeito de Curitiba, Beto Richa.

Até mesmo membros da diretoria que participaram da chapa concorrente estavam presentes. "Fui contra a reeleição, e não contra a pessoa do presidente", explica o presidente da Noma, fábrica de implementos rodoviários de Maringá, João Noma.

A solenidade retomou ainda parte da história da entidade, criada em 1943, época em que a economia do Paraná era essencialmente agrícola. Hoje a indústria representa 40% do Produto Interno Bruno (PIB) do estado. A eleição, em 13 de agosto, foi apertada, com a divisão dos sindicatos que compõem a Fiep. Loures venceu com 60% dos votos. Agora, cada setor representado pela Fiep tem sua expectativa para os próximos quatro anos. "Queremos usar a Fiep para reivindicar a recuperação de créditos fiscais a que temos direito", exemplifica o presidente do Sindicato das Indústrias de Madeira e Chapas de Compensado de Palmas, Luiz Bonotto.

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