A fila de caminhões que se formou na BR-277 foi diminuindo ao longo da noite de segunda-feira e deixou de existir na madrugada de ontem. De acordo com a Ecovia, concessionária que administra o trecho da rodovia entre Curitiba e o litoral, o congestionamento atingiu seu ápice por volta das 16h30 da segunda-feira, quando chegou a 15 quilômetros de extensão.
Uma das principais razões para a fila foi a demora na verificação da soja que chega ao porto. A Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) informou que houve um aumento repentino da demanda pelo serviço. Segundo o gerente da Claspar em Paranaguá, César Elias Simão, esta é uma situação normal de ajuste do trabalho em função do aumento do fluxo de veículos que transportam a safra. "Nós fizemos uma concentração de esforços para atender à demanda inesperada e tudo foi resolvido", disse.
De acordo com a assessoria de imprensa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a antecipação do envio de cargas para o porto em função do feriado de carnaval, na próxima semana, também pode ter contribuído para a formação do congestionamento.
Em um dia normal, descarregam no Porto de Paranaguá cerca de 300 caminhões. Só na última segunda-feira, chegaram ao porto 1.088 carretas. A expectativa é que o movimento suba para 2 mil veículos por dia nos meses de pico de embarque da safra, em março e abril.
OperadoresOntem, a assessoria de imprensa da Appa esclareceu que os operadores não estão desrespeitando a ordem de serviço que dá exclusividade para as cargas de soja, milho e farelo no pátio de triagem. O fato chegou a ser apontado na segunda-feira como um dos motivos de formação da fila. "O que acontece é que esses caminhões simplesmente não entram no pátio e precisam buscar outros locais para aguardar a descarga. O desrespeito às regras acontece em relação ao não cadastramento prévio das cargas para embarque", informou a nota.
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