O Fundo Monetário Internacional informou nesta quarta-feira (25) que "não havia pedido" ao Banco Central Europeu que "desempenhasse um papel particular" na reestruturação da dívida soberana grega, atualmente em negociação entre o país e seus credores.
"O Fundo não tem opinião sobre a contribuição relativa do setor privado e o impulso do setor público" e "não pediu ao BCE que desempenhasse um papel especial", afirmou um porta-voz do FMI em um comunicado, desmentindo informações sobre qual entidade queria que o banco assumisse perdas em sua carteira de bônus gregos.
"Para garantir a sustentabilidade da dívida da Grécia, é essencial que o novo programa se apoie em uma combinação da participação do setor privado e um apoio do setor público que reduzirá a dívida a 120% do PIB até 2020", acrescentou.
A "participação do setor privado" se refere ao cancelamento da dívida que os bancos e outras instituições financeiras detê. Quanto aos credores púiblicos da Grécia, são os sócios europeus de Atenas e o próprio FMI.
O BCE ajudou a Grécia na compra desde maio de 2010 e alguns de seus títulos no mercado da dívida por 45 milhões de euros, segundo o representante de um banco central da zona do euro.
"O fundo não tem opinião sobre a contribuição relativa do setor privado e do setor público para alcançar este objetivo" de 120% da dívida em 2020, expressou o porta-voz do Fundo.
"De acordo com este ponto de vista, o FMI não pediu ao BCE que desempenhe um papel especial", acrescentou.
O Financial Times, em sua edição de quarta-feira, informou que o FMI estava pressionando a instituição de Frankfurt para que participe de uma ou outra forma no esforço coletivo de ajuda à Grécia, aceitando as perdas por informes das quantias devidas pelo país.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, avaliou nesta quarta-feira que se os bancos não fizerem um gesto suficiente, os credores devem "também estar envolvidos no esforço financeiro".
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