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Cinco sindicatos, incluindo o CFDT e o CGT planejaram 200 manifestações de rua e greves em todo o país contra a nova rodada de programas do governo que tem como objetivo o corte do déficit público | AFP
Cinco sindicatos, incluindo o CFDT e o CGT planejaram 200 manifestações de rua e greves em todo o país contra a nova rodada de programas do governo que tem como objetivo o corte do déficit público| Foto: AFP

Trabalhadores do setor de transportes na França entraram em greve nesta terça-feira em protesto contra os cortes orçamentários, com manifestações públicas programadas para mais tarde, mas a expectativa de um comparecimento menor em relação ao movimento do ano passado pode significar maior tranquilidade para o governo.

Cinco sindicatos, incluindo o CFDT e o CGT -- os dois maiores da França --, planejaram 200 manifestações de rua e greves em todo o país contra a nova rodada de programas do governo que tem como objetivo o corte do déficit público.

Apesar de o metrô de Paris ter ficado mais lotado que o normal durante o horário de pico na parte da manhã, em geral os trens nas principais estações estavam circulando pontualmente, segundo informações na mídia.

No ano passado, mais de 1 milhão de manifestantes -- membros de sindicatos, simpatizantes e estudantes -- participaram de uma manifestação de duas semanas marcada por ruidosos protestos nas ruas e amplas greves que prejudicaram gravemente o transporte e as refinarias de petróleo, e provocaram o acúmulo de lixo em algumas cidades.

Sindicatos disseram que os planos orçamentários do presidente Nicolas Sarkozy eram "injustos", mas a ausência de uma manifestação de grandes proporções nesta terça-feira indica que a oposição contra os cortes do governo de centro-direita é limitada.

Ansioso para manter a classificação de risco de crédito "AAA" da França, Sarkozy anunciou um corte de 12 bilhões de euros (16,4 bilhões de dólares) para este ano e o próximo, mas, temendo introduzir medidas muito austeras por causa das eleições de 2012, focou principalmente em eliminar as normas fiscais que favorecem os ricos.

Os sindicatos franceses ainda estão sofrendo com sua derrota nos protestos contra o governo no final de 2010, quando não conseguiram forçar Sarkozy a abandonar seu plano de aumentar a idade de aposentadoria em dois anos, para 62 anos.

As principais medidas de redução orçamentária de Sarkozy -- que os ministros do governo afirmam não constituem um plano de austeridade -- são os cortes a isenções fiscais em tudo, desde seguro de saúde privado a lucro na venda de imóveis. O plano também inclui um novo imposto para os ricos.

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