Sede da General Motors.| Foto: Bill Pugliano/AFP

Nesta quarta-feira (20), a General Motors (GM) entrou com uma ação contra a Fiat Chrysler (FCA), acusada de ter supostamente subornado por anos representantes do sindicato americano United Auto Workers e ter obtido vantagens sobre salários e condições de trabalho. A GM afirma ter sofrido "danos substanciais" de bilhões de dólares da FCA, contudo não especificou um montante. As informações são da Reuters.

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"Estamos chocados com essa ação, seja pelo conteúdo, seja pelo timing", afirmou em nota a Fiat Chrysler. "Podemos só presumir que isso mira perturbar nossa proposta de fusão com PSA (grupo Peugeot) assim como nossas negociações com o sindicato". Nesta terça-feira (19), os sindicatos do grupo franceses aprovaram o plano de fusão com o conglomerado italo-americano.

A ação da GM cita em juízo também três ex-executivos da FCA que se declararam culpados em um processo em andamento entre o sindicato e a Fiat Chrysler. A GM diz que aquele inquérito, somado à sua própria investigação, motivaram a ação. O conselheiro da GM, Craig Glidden, afirmou que FCA seguiu um "padrão de extorsão" entre 2009 e 2015, o que fez com que GM pagasse salários mais altos que FCA.

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O sindicato teria também permitido que Fiat Chrysler usasse mais trabalhadores temporários e com salários mais baixos. Segundo a GM, o ex-CEO da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, morto em 2018, foi "figura central em conceber, executar e promover a atividade fraudulenta".

Na tarde de hoje, o valor das ações da Fiat Chrysler na Bolsa de Valores de Nova York chegou a despencar quase 4%.