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O novo governo do Reino Unido vai trabalhar para aumentar a influência do país dentro da União Europeia e fortalecer os laços com economias emergentes gigantes como Brasil, Índia e China, disse o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, nesta quinta-feira (1º).

Em seu primeiro grande discurso sobre política externa desde que assumiu o cargo em maio, Hague acusou o governo anterior, do Partido Trabalhista, de não exercer influência sobre a UE e afirmou que os esforços para construir relações com as potências emergentes foram desiguais.

"A ideia de que o último governo levava a sério o avanço da influência da Grã-Bretanha sobre a Europa acabou se mostrando uma ficção insustentável... Estamos determinados a arrumar isso," disse Hague a diplomatas no Ministério das Relações Exteriores.

O porta-voz para assuntos externos do Partido Trabalhista, David Miliband, ridicularizou as afirmações de Hague, ressaltando que os conservadores deixaram o principal grupo de centro-direita no Parlamento Europeu no ano passado.

"A ideia de que essa coalizão trará influência renovada à União Europeia... está completamente errada," afirmou ele.

Hague afirmou que o número de importantes autoridades britânicas na comissão executiva da UE caiu em um terço desde 2007 e que a Grã-Bretanha era subrepresentada no nível júnior.

A coalizão conservadora/liberal democrata formada após a eleição britânica de 6 de maio tem trabalhado de forma construtiva com seus parceiros europeus até agora, surpreendendo alguns diplomatas europeus, que esperavam uma posição mais "eurocética."

Os conservadores de centro-direita foram forçados a amenizar a posição linha dura com relação à Europa, como parte do acordo de coalizão selado com os liberal-democratas pró-europeus de centro-esquerda.

Hague, que é conservador, afirmou que haveria uma nova ênfase na construção de relações com as principais economias emergentes.

"A ação econômica real do mundo tem se dado no Brasil, na Índia, na China e nos países do Golfo e esses são os locais com os quais temos que nos conectar com muito mais força do que jamais tentamos no passado," disse Hague numa entrevista à rádio BBC.

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