O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, disse na tarde desta quinta-feira (23) que o governo está acompanhando as manifestações de caminhoneiros em quatro estados, mas afirmou que as forças policiais irão atuar para garantir que as estradas estejam desimpedidas. De acordo com o Ministério, há registro de ocorrências no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais.
“São manifestações pequenas e há um apoio grande da categoria às nossas iniciativas. Há adesão às nossas propostas e entendimento de que medidas são positivas”, alegou o ministro. “O governo respeita o direito de manifestação, mas vai assegurar que as estradas estejam desimpedidas para quem quiser trabalhar”, completou.
Rossetto negou que haja bloqueios de rodovias nesta quinta-feira, mas sim pequenas manifestações. “Eventuais bloqueios serão desfeitos pela polícia, seremos rigorosos. As forças policiais estão operando através do diálogo informando aos trabalhadores da ilegalidade de qualquer bloqueio e ao mesmo tempo exercendo poder de polícia”, acrescentou.
Caminhoneiros fazem protestos em quatro rodovias no Paraná
Dois trechos, em Marialva e Arapongas, estão com interdições parciais na pista
Leia a matéria completaO ministro voltou a dizer que, à medida que a categoria conheça as conquistas já obtidas na negociação do governo, a normalidade voltará ao setor. “O governo cumpriu todos os seus compromissos assumidos em fevereiro com a categoria dos caminhoneiros, inclusive com a tabela referencial de frente para balizar os contratos do setor”, argumentou.
Impasse
Após reunião nesta quarta-feira na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), representantes dos caminhoneiros voltaram a exigir a criação de uma tabela de preço mínimo para o frete e prometeram repetir os bloqueios nas estradas ocorridos no começo do ano.
- Caminhoneiros fazem protestos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso
Rossetto, no entanto, repetiu que essa proposta de tabela impositiva não teria respaldo legal, sendo, portanto, inconstitucional. Além disso, alega o governo, essa tabela teria enorme dificuldade de ser operada devido à grande variedade de características dos caminhões e da carga transportada no País.
Rossetto voltou a citar uma lista de 15 medidas que ele considerou já serem conquistas obtidas pela categoria nas negociações do setor com o governo este ano. Dentre elas, estão a isenção do pagamento de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios e o perdão de multas por excesso de peso nos últimos dois anos. Rossetto destacou ainda que uma mesa permanente de negociação segue aberta com os caminhoneiros.
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