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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A greve dos bancários completa um mês nesta quarta-feira (05) ainda sem qualquer sinalização de uma nova proposta por parte dos bancos e sem perspectiva de chegar ao fim. A paralisação já está marcada como a mais longa da história, superando a do ano passado que durou 21 dias e se igualando à paralisação de 2004. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 13.245 agências e 29 centros administrativos não abriram hoje, o que corresponde a 56% de adesão à mobilização.

De acordo com o Sindicato dos Bancários, no Paraná, 75% das agências bancárias estão fechadas, além de nove centros administrativos, incluindo quatro do HSBC. Para evitar problemas com a paralisação, é indicado procurar correspondentes bancários que ainda estão abertos e as opções de atendimento pela internet.

A tecnologia está amenizando os efeitos da paralisação, mas há diversos serviços parados que estão prejudicando os usuários do sistema bancário. Há dificuldade, por exemplo, para o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para quem tem mais de R$ 1,5 mil a receber. A aprovação de financiamentos e linhas de créditos em alguns bancos também podem demorar mais do que o normal.

A greve teve início no começo de setembro quando os sindicatos dos bancários de todo o país chegaram a um impasse nas negociações de reajuste salarial com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação e refeição; auxílio-educação; 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880) e 14º salário. Os bancários também exigem o fim de metas abusivas, assédio moral e demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e

Mesmo após nove reuniões, categoria e bancos ainda não chegaram a um acordo. Em nota, a Fenaban informou que os bancos ajustaram sua proposta três vezes, e na mais recente, apresentada na última quarta-feira, a entidade ofereceu aumento no abono para R$ 3.500,00, mais 7% de reajuste salarial, extensivo aos benefícios.

“A proposta para 2016 garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais baixos. Com a previsão de índices mais moderados e maior estabilidade a partir de 2017, foi possível acrescentar essa nova proposta, antecipando a fórmula para o próximo ano, a ser oficializada na Convenção Coletiva”, sustenta a Federação.

A associação propôs ainda que a Convenção tenha duração de dois anos, com a garantia, de reajuste para 2017 pela inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real.

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