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A greve dos metalúrgicos da unidade da Volkswagen em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, chegou ao 19º dia sem acordo. Com isso, os trabalhadores decidiram manter a paralisação após assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (23). A direção do sindicato da categoria elaborou um dossiê, que foi entregue a deputados estaduais e lideranças do governo, para explicar os motivos das reivindicações.

Os metalúrgicos pedem o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de R$ 12 mil, mas a empresa oferece a primeira parcela de R$ 4,6 mil, com a segunda parcela a ser discutida posteriormente. Como não houve nova proposta, os trabalhadores optaram por manter a greve.

No documento entregue aos deputados e ao secretário estadual do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, os trabalhadores reclamam que a montadora já recebeu R$ 2 bilhões em incentivos fiscais para se estabelecer no estado, mas paga salários 50% menores aos funcionários da fábrica do Paraná na comparação com os de São Paulo.

De acordo com os dados apresentados pelo dossiê, o salário médio dos 16.498 trabalhadores da unidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, era de R$ 6.279, em 2009, contra R$ 3.088 dos 3.799 funcionários do Paraná.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), 10,5 mil veículos já deixaram de ser produzidos na fábrica de São José dos Pinhais por conta da greve, o que representa um prejuízo de aproximadamente R$ 434 milhões. Com um 1% desse valor (4,3 milhões), o SMC diz que seria possível pagar R$ 1,4 mil para cada um dos metalúrgicos da empresa.

O sindicato ainda confirmou que foi criado um fundo de greve para ajudar os trabalhadores que já estão há 19 dias parados. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quarta-feira (25).

A Volkswagen disse, por meio da assessoria de imprensa, que prefere não se manifestar sobre o assunto no momento.

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