O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou as informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 ante 2013. O dado geral não sofreu alteração – a variação da atividade foi de 0,1% no período –, mas os componentes da oferta e da demanda acabaram tendo mudanças em seus resultados devido à incorporação de pesquisas estruturais e das Contas Anuais definitivas de 2012 e 2013, anunciadas em novembro.
Segundo o órgão, o PIB da agropecuária cresceu 2,1% no ano passado, bem mais do que o avanço de 0,4% estimado inicialmente. “As pesquisas estruturais que a gente incorporou mostraram queda menor das lavouras de milho, soja e cana, que têm peso de 60% na agricultura. Além disso, pecuária e exploração florestal também tiveram variação para cima”, explicou Claudia Dionísio, gerente de Contas Trimestrais do IBGE.
No caso da agropecuária, foram adicionados os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS).
Indústria
Além disso, o PIB da indústria caiu 0,9% em 2014 ante 2013, menos do que o recuo de 1,2% estimado antes pelo IBGE. A melhora foi motivada pela incorporação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, que mudou as informações referentes à mão de obra na construção. Houve ainda incorporação de dados conjunturais de produção industrial que eventualmente tenham sido revisados nos últimos meses.
Serviços
Já nos Serviços, o avanço do PIB no ano passado ficou menor, passando de 0,7% para 0,4%. “Nas atividades imobiliárias, foram incorporados os dados Pnad 2014. Percebemos que imóveis construídos foram menores e mais afastados, ou seja, imóveis de menor valor agregado do que estávamos prevendo. O número cresceu, mas é uma questão de qualidade”, explicou Claudia.
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Além disso, também houve contribuição menos positiva da administração pública, diante da revisão dos dados de saúde pública, bem como a incorporação de revisões da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
“Todas as mudanças pela ótica da produção refletem na demanda. Por isso, pode ser que tenhamos mudanças nos resultados pela ótica da despesa”, notou a gerente do IBGE.
Demais aberturas
No caso do consumo das famílias, o crescimento em 2014 passou de 0,9% para 1,3% a partir dos dados revisados. Já o consumo do governo foi revisado de 1,3% para 1,2%. Permaneceram inalteradas as variações de exportações (-1,1%) e importações (-1,0%) em 2014 ante 2013.
Na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), a taxa de -4,4% apurada inicialmente pelo IBGE foi revisada para uma queda de 4,5%, anunciou há pouco o órgão.
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