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A doceira Rose Petenucci diz que seu faturamento deve encolher neste ano porque os clientes têm optado por presentes mais baratos | Albari Rosa/Gazeta do Povo
A doceira Rose Petenucci diz que seu faturamento deve encolher neste ano porque os clientes têm optado por presentes mais baratos| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Consumo cresce no país

A grande movimentação nas lojas às vésperas da Páscoa não é à toa. O estudo Target Group Index, do Ibope Mídia, mostra que o número de consumidores de chocolate vem crescendo no Brasil. Segundo o levantamento, 68% dos brasileiros consumiram o produto nos últimos sete dias. Na época em que o estudo começou a ser realizado no país, em 1999, o índice era de 57%. As mulheres representam 55% dos consumidores do chocolate no país – 72% delas consome o doce regularmente. (CS)

Feito à mão

Os chocolates artesanais são uma boa opção para quem procura um presente especial para a Páscoa – e que está disposto a pagar por isso.

> Ovos recheados, da Cuore di Cacao: Entre R$ 68 (250 gramas) e R$ 195 (1 quilo).

> Brownie trufado com chocolate belga, da Ora, Bolos: R$ 40 (caixa com 4 unidades)

> Dolce di Pasqua, da Chocolates Icab: R$ 36 (unidade)

> Ovos com casca recheada de trufas, da Rose Petenucci: A partir de R$ 29 (R$ 100 o quilo).

Produtores artesanais correm para atender aos pedidos

As grandes fábricas de chocolate encerraram a produção de Páscoa há algumas semanas. A produção artesanal, no entanto, vive agora seu pico. A sócia-proprietária da Cuore di Cacao, Carolina Schneider, diz que esta semana concentra 65% das vendas do período. A marca, voltada principalmente ao público de alta renda, espera incrementar as vendas em 20% nesta Páscoa, na comparação com o ano passado, considerando apenas a loja física, no Batel. A recém-criada loja virtual deve ajudar a aumentar as vendas em outros 20%, aposta a empresária.

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A minirreforma tributária, que alterou as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de milhares de produto no Paraná, contribuiu para baratear os ovos de chocolate e outros produtos típicos da Páscoa. Segundo os varejistas, a redução no imposto está sendo passada integralmente para o consumidor, provocando uma queda no caixa entre 6% e 7%. Com isso, os produtos voltaram aos mesmos preços praticados no ano passado.

"Em alguns casos, o preço está até mais barato do que na última Páscoa", diz o presidente da Associação Paranaense dos Supermercados no Paraná (Apras), Everton Muffato, que também preside o grupo varejista Muffato. As redes Condor e Wal-Mart confirmam o ajuste. Segundo o diretor comercial do Condor, Jeferson de Oliveira, graças ao ICMS menor alguns produtos estão entre 3% e 5% mais baratos do que no ano passado. De acordo com o levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), o preço dos ovos havia subido, em média, 8% neste ano em todo o país.

Oliveira lembra ainda que, no sábado, é possível que aconteçam promoções dos estoques finais das lojas. "O consumidor que deixa para a última hora acaba tendo vantagem de preço, mas não tem muita opção de escolha."

A dona de casa Clara Piasecki diz que não ficou muito animada com os preços que encontrou ontem nas lojas. "Os preços estão tão altos que a Páscoa chega a perder um pouco da magia." Ainda assim, ela diz que vai comprar ovos para os oito netos e três bisnetos.

Incremento

A rede Condor estima um aumento de cerca de 15% no volume de vendas desta Páscoa, na comparação com o mesmo período do ano passado. No Wal-Mart a expectativa é a mesma, mas a administração diz que, no acumulado até agora, a meta já foi superada. De acordo com a Apras, as redes supermercadistas esperam um crescimento de 10% nesta Páscoa.

De acordo com os dados da Abicab, a indústria produziu 24 mil toneladas de ovos de chocolate neste ano (3 mil de modo artesanal) – o que representa um aumento de 4,8% em relação a 2008. O número de ovos deve chegar a 113 milhões – só a Lacta, cuja fábrica funciona na Cidade Industrial de Curitiba, vai produzir 21 milhões. O faturamento da indústria, estima a entidade, deve ser de R$ 828 milhões neste ano.

Pessimismo

De acordo com os dados de uma pesquisa divulgada ontem pela Serasa, no entanto, 36% dos empresários do setor de comércio do país esperam a manutenção do faturamento neste feriado na comparação com 2008. Outros 36%, diz o levantamento, apostam na queda da receita na mesma base de comparação. É o maior porcentual de empresários que preveem queda do faturamento no feriado desde a Páscoa de 2006.

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