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Curitiba – É na época de fim de ano que as empresas apostam com mais força na velha máxima de que "quem não é visto, não é lembrado". E um dos caminhos para deixar a marca bem próxima dos olhos – e do bolso – de clientes, fornecedores ou parceiros durante todo o próximo ano são os brindes. O principal catálogo do país no segmento, o Freeshop, por exemplo, reúne na edição deste ano 9 mil itens, que podem custar desde poucos centavos até mais de R$ 1 mil a unidade. Para atender a essa demanda, que chega a dobrar no período de festas, a indústria de brindes já trabalha em ritmo acelerado há pelo menos um mês.

Segundo o diretor superintendente da Forma Editora (que publica o Freeshop), Auli De Vitto, não há um estudo recente sobre a dimensão desse mercado. No último levantamento, feito em 2002, o faturamento do setor era de cerca de R$ 2,2 bilhões. "Nos últimos cinco anos esse mercado vem crescendo em média 7% ao ano. Mas em períodos de Copa do Mundo ou eleições, esse índice chega a 10%." Considerando esse incremento, o volume negociado neste ano deve ultrapassar a marca dos R$ 2,7 bilhões.

Estimativa

Para 2005, entressafra das eleições e do campeonato mundial de futebol, o segmento espera um faturamento cerca de 5% maior do que o registrado no ano passado. "Os brindes já ocupam o terceiro lugar entre as ferramentas que mais recebem investimentos de marketing por parte das empresas." Em primeiro lugar estão os eventos, seguidos de publicidade e propaganda.

O diretor comercial da empresa paranaense Marca Laser, César Gollo, estima para este ano um aumento de 20% no volume de produção da companhia, em relação ao ano passado. Segundo o empresário, a Marca Laser recebe entre 30 e 40 pedidos de orçamento por dia. "Com a proximidade das festas de fim de ano, esse número deve dobrar." Por isso a empresa vai contratar 15 novos funcionários para, no próximo mês, se juntarem aos atuais 26.

Toda a personalização do material é feita na sede da empresa, em Pinhais. Segundo Gollo, 75% dos produtos são fabricados pela própria companhia. "Importamos uma parte, mas a produção local garante agilidade na reposição de peças. O mercado nacional tem qualidade, variedade e preços competitivos."

O diretor da Freeshop confirma a opinião do empresário. Segundo ele, apenas 5% dos mais de 3 mil fornecedores cadastrados pela editora são importadores. "Este número mostra a boa representação do Brasil no segmento", diz. "Em relação à vizinha Argentina, por exemplo, estamos pelo menos dez anos adiantados. Parte do atraso deles está na área promocional, já amplamente desenvolvida aqui."

Eventos

Segundo a diretora comercial da empresa curitibana Artbrind, Vera Marquardt Poloi, os itens mais procurados nesta época do ano são calendários e agendas. "Mesmo assim existem sempre lançamentos e uma variação grande nas linhas." Vera espera para 2005 um aumento de 20% no faturamento da empresa que, nesta época do ano, dobra o número de orçamentos emitidos diariamente.

Para a empresária, todo o ano de 2005 pode ser considerado bom para o mercado de brindes. "Apesar do período de Natal ser a melhor época de vendas, registramos um crescimento ao longo de todos os meses." A explicação, segundo Vera, está no crescente número de eventos acontecendo na cidade, que normalmente demandam um grande volume de brindes. "Curitiba se tornou, nos últimos anos, um pólo de eventos."

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