Os investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil somaram US$ 5,606 bilhões em agosto, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Banco Central (BC). O resultado superou as previsões dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que estimavam um saldo positivo entre US$ 3,8 bilhões e US$ 4,5 bilhões, com mediana de US$ 4,2 bilhões.

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O investimento estrangeiro direto de agosto também foi o melhor resultado para o mês desde 2004, quando o fluxo de recursos nessa conta somou US$ 6,089 bilhões, conformou mostrou o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel.

"Temos observado um déficit de transações correntes que vem sendo financiado com certa margem pela entrada de investimento estrangeiro direto", avaliou. Maciel acrescentou que o volume recorde de entrada de IED no ano, de US$ 44,085 bilhões até agosto, foi determinante para a revisão da projeção para 2011, que passou de US$ 55 bilhões para US$ 60 bilhões.

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Em relação ao câmbio, Maciel afirmou hoje que o Banco Central poderá voltar ao mercado para adequar a liquidez no sistema. Na quinta-feira (22), a autoridade monetária voltou a oferecer contratos de swaps cambiais para tentar contar a volatilidade do dólar, após a moeda norte-americana ter chegado próximo à cotação de R$ 2.

"O Banco Central poderá atuar a qualquer momento para adequar a liquidez no mercado de câmbio. Ele se pauta por isso", completou.

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