Mantega diz que ainda não há decisão

O ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto), reafirmou ontem que não há nenhuma decisão tomada pelo governo em relação ao modelo de exploração do pré-sal. "A única coisa certa é que nós sabemos que o Brasil antes esperava ter uma riqueza petrolífera modesta e de repente descobriu que tem uma grande riqueza nos esperando no subsolo brasileiro, de gás e petróleo. Isso torna necessário o desenho de um novo modelo petrolífero brasileiro. O que é certo é que vai ter outro modelo", afirmou.

Mantega negou que o Brasil irá adotar o modelo petrolífero de outro país. "Cada país tem suas peculiaridades. Nosso modelo não será o da Noruega, o da Rússia, o da Venezuela ou de qualquer outro país. Será o modelo brasileiro, que irá resultar de intensos estudos e discussões", garantiu o ministro.

Agência Estado

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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse ontem que o plano de investimentos da estatal subirá "substancialmente" com a inclusão da previsão sobre a exploração de blocos na camada pré-sal. O executivo destacou que os números consolidados serão apresentados até o início de outubro, e que os valores, certamente, serão maiores dos que os US$ 112,4 bilhões previstos para o período 2008-2012.

Gabrielli acrescentou que a Petrobras é uma da empresas com maior potencial de crescimento orgânico no setor, e que a previsão atual de expansão média de 7% da produção até 2015 não leva em conta as áreas no pré-sal.

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"Esse processo não considera, neste momento, as enormes descobertas que fizemos nos últimos anos. O pré-sal não está considerado nesses números, que já são muito grandes", afirmou, em entrevista a correspondentes estrangeiros, na sede da companhia.

O executivo comentou ainda que a empresa pretende fazer captações no mercado para financiar os investimentos no pré-sal, mas não detalhou o montante e nem quando vai fazer isso.

Gabrielli não fez comentários sobre as discussões em torno de mudanças no marco regulatório, mas ressaltou que foi um dos primeiros a levantar o tema, que para ele, é necessário em função das novas descobertas.

O crescimento das exportações da Petrobras foi destacado por Gabrielli. Ele explicou que a construção de cinco novas refinarias visa ampliar a exportação de derivados. A Petrobras não pretende exportar grandes quantidades de petróleo bruto. Atualmente, as vendas externas da estatal correspondem a cerca de 7% do total das exportações do país.