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A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,43% em julho deste ano. A taxa é superior à registrada em junho (0,08%). Já em julho do ano passado, havia sido observado um índice de 0,16%.

O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa entre 0,30% e 0,53%, porém acima da mediana projetada, de 0,38%.

O dado foi divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a inflação oficial acumula taxa de 2,76%. Já a inflação acumulada em 12 meses chega a 5,2%, de acordo com o IBGE.

Alimentação pesou no índice

De acordo com o IBGE, os principais responsáveis pelo resultado de julho foram os grupos Despesas Pessoais e Alimentação e Bebidas, que registraram alta mensal de 0,91% cada no período. Os alimentos, acrescentou o órgão, pelo peso que possuem no orçamento das famílias, foram responsáveis por 49% do IPCA no mês.

O movimento acompanha uma série de indicadores recentes que vinham mostrando aceleração nos preços, e corrobora o resultado do IPCA-15, que subiu 0,33% em julho, ante 0,18% no mês anterior, acima das expectativas.

Nesta manhã, por exemplo, foi divulgado que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 1,21% na primeira prévia de agosto, ante elevação de 0,95% no mesmo período de julho, também puxado por alimentos. Mesmo com a recente pressão nos preços, o mercado continua apostando em mais reduções na Selic - hoje na mínima histórica de 8% ao ano - para ajudar a ainda cambaleante economia brasileira. Desde agosto passado, o Banco Central já reduziu a taxa básica de juros do país oito vezes seguidas, e os agente econômicos já esperam pelo menos mais dois cortes: um de 0,50 ponto percentual em agosto e outro de 0,25 ponto em outubro.

Para o IPCA, a previsão dos analistas que participam da pesquisa Focus do BC é de que o índice terá neste ano uma alta de 5,00% e em 2013, de 5,50%.

O maior empecilho para uma retomada da atividade econômica brasileira é o desempenho fraco da indústria. A produção do setor subiu apenas 0,2% em junho, abaixo das expectativas.

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