Como investir em tempos de inflação baixa? Cortar custos e diversificar são dois passos importantes.| Foto: Marcelo AndradeGazeta do Povo

Com a trajetória do IPCA em 2017, especialmente com a primeira deflação em onze anos registrada no mês de junho, é preciso começar a rever os investimentos. Embora este cenário, juntamente com a perspectiva de mais quedas na taxa básica de juros até o fim deste ano, seja positivo para as famílias brasileiras e para as empresas, ele é também um sinal de alerta para quem tem dinheiro investido em fundos de renda fixa, DI e no Tesouro Direto.

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Neste oitavo podcast de Vida Financeira, o podcast da editoria de Livre Iniciativa da Gazeta do Povo, a editora Fabiane Ziolla Menezes conversa com o especialista em finanças e blogueiro da casa Teco Medina sobre o assunto e aponta caminhos para quem quer ver o seu dinheiro render mais daqui para frente.

Confira:

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Até o fim de 2017, poupança vai ter uma janela de oportunidade

Conforme a Gazeta do Povo mostrou na semana passada, a previsão do mercado é de que a taxa básica de juros chegue aos 8,5% ao ano em setembro ou outubro deste ano. Até lá, a poupança renderá 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial), ou seja, muito mais do que muitos fundos de renda fixa por aí, principalmente em tempos de inflação baixa (3% no acumulado dos últimos 12 meses) e se esses fundos tiverem taxas de administração altas. 

Confira o blog de Teco Medina

Por taxas altas de administração, os especialistas entendem mais de 2% ao ano, fatia que complica o retorno dos fundos se o resgate for feito em um prazo menor do que um ano. Começar buscando fundos mais baratos, ou seja, cortando custos, é um dos primeiros passos para fazer o dinheiro render mais na renda fixa.

Diversificar e arriscar um pouquinho mais também é uma estratégia válida. Essa é a dica do estrategista e líder do Comitê de Investimentos do Andbank Brasil, Luís Eduardo Pinho, que diz que, neste momento, o investidor pode adicionar novos ingredientes à cesta de investimentos, tais como os fundos multimercados de médio risco (volatilidade anualizada ao redor de 3% e retorno acima do CDI) e os fundos de renda variável com “risco suavizado” (como os chamados long biased ou equity hedge).

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“Entretanto, [o investidor] deve evitar fazê-lo de forma autônoma. Recomendo que o investidor busque o auxílio de um conselheiro de investimentos, para que este profissional possa conhecer as preferências e necessidades do investidor e, a partir delas, construir um portfólio adequado ao seu perfil de investimentos”, observa Pinho.

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Para quem não quer se arriscar mas também quer ganhar um pouco mais do que promete render a poupança nessa janela de oportunidade — 6,17% ao ano — os títulos do Tesouro Direto continuarão sendo ótimas opções. Principalmente, segundo os analistas, aqueles pré-fixados, que estão pagando juros de cerca de 10% mais a inflação, ou ainda aqueles atrelados ao IPCA, que cobrem a inflação e mais de 5% de rendimento no final do prazo previsto.

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