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Construção na capital da Angola: dois quartos por US$ 7 mil mensais | Chimpanz Ape/CreativeCommons
Construção na capital da Angola: dois quartos por US$ 7 mil mensais| Foto: Chimpanz Ape/CreativeCommons

A capital de Angola, Luanda, foi eleita a cidade mais cara do mundo para estrangeiros pelo segundo ano consecutivo, seguida de Tóquio, no Japão, segundo uma pesquisa publicada ontem. O Cost of Living Survey (Pesquisa do Custo de Vida), feito pela empresa de recursos humanos ECA International, diz que a guerra civil em Angola, que durou três décadas, deixou muitos produtos e serviços populares aos estrangeiros difíceis de serem encontrados e, consequentemente, muito caros. Maseru, em Lesoto, por sua vez, é a cidade mais barata do mundo para expatriados. Bens e serviços nessa capital localizada no sul do continente africano são 70% mais baratos do que em Luanda.

A pesquisa sobre o custo de vida da ECA compara uma lista de produtos e serviços consumidos por estrangeiros em mais de 390 cidades. Oslo, a capital da Noruega, e Copenhague, capital da Dinamarca, estão em terceiro e quarto lugares, respectivamente, na lista de cidades mais caras para estrangeiros. Causas

O fim da guerra em 2002 levou a um boom de investimentos em Angola, o que ajudou a transformar esse país produtor de petróleo em uma das economias que mais crescem no mundo. O boom também elevou os preços em ritmo recorde. Apesar de uma queda recente no preço de alimentos, um litro de leite importado pode custar US$ 3, enquanto o aluguel de um pequeno apartamento de dois quartos pode chegar facilmente aos US$ 7 mil ao mês.

Especialistas apontam que Luanda foi projetada para ter 500 mil habitantes, mas hoje abriga mais de 5 milhões de pessoas. A economia angolana deve crescer 1,3% em 2009 e a inflação vai alcançar 14%, mostram estimativas do governo, o que deve deixar Luanda ainda mais cara.

Angola, que rivaliza com a Nigéria como o maior produtor de petróleo da África subsaariana, era um grande exportador de alimentos antes que a guerra civil devastasse seu setor agrícola, suas estradas, pontes e o setor de comunicações. Agora importa quase toda a comida que consume.

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