A BRF-Brasil Foods, empresa de alimentos dona das marcas Sadia e Perdigão, registrou lucro líquido de R$ 6 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 99% em relação ao mesmo mesmo período do ano passado.

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O Ebitda caiu 28%, para R$ 565 milhões na mesma comparação. A margem Ebitda recuou 4,2 pontos percentuais, para 8,3%, comprimida pelo aumento de custos e despesas.

Além da forte alta dos principais insumos na produção de aves e suínos (milho e farelo de soja), a empresa enfrentou aumento de despesas no trimestre decorrentes do processo de transferência de ativos para a Marfrig, determinado pelo Cade para aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão.

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"Não prevíamos essa operação dentro dessa cojuntura atual (de aumento de custos)", disse hoje o presidente da empresa, José Antonio do Prado Fay.

A empresa conseguiu repassar parte do aumento de custos para os preços, o que possibilitou um aumento de 8,7% na receita líquida, para R$ 6,8 bilhões. No entanto, os reajustes não foram suficientes para compensar totalmente os maiores gastos.

"Os custos subiram numa velocidade nunca vista. Com isso, a velocidade do repasse tem de ser muito grande", acrescentou Fay. Em um ano, a BRF aumentou os preços dos produtos processados no mercado interno em 10% e os demais, incluindo os produtos in natura, em 5,7%. No mercado externo, a alta foi de apenas 0,4% no mesmo período.

A variação cambial no período também impactou o balanço, provocando um aumento de R$ 1,5 bilhão na dívida líquida, que alcançou R$ 7 bilhões ao final do trimestre, aumento de 18% em comparação com o primeiro trimestre.

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