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O lucro recorde de R$ 5,8 bilhões (ou US$ 3,033 bilhões) registrado pela Companhia Vale do Rio Doce no segundo trimestre deste ano superou em 63,8% os ganhos da gigante americana Coca-Cola, que ficou em US$ 1,851 bilhões. O resultado também ultrapassou em 7,32% o da maior rede varejista do mundo, a Wal Mart, cujo resultado ficou em US$ 2,826 bilhões.

Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Economática.com, que também mostrou que a Vale teve o maior lucro entre todas as empresas não-estatais de capital aberto do Brasil nos últimos 20 anos neste primeiro semestre, quando lucrou R$ 10,937 bilhões. Se incluída a Petrobras, a mineradora fica na terceira posição, perdendo para o resultado semestral da Petrobras em 2006 (R$ 14,138 bilhões) e de 2003 (R$ 11,501 bilhões).

Nesta quarta-feira, em função da queda da Bolsa de Valores de São Paulo e das bolsas mundiais, os papéis da companhia recuam 1,07%, negociadas a R$ 78,45.

No trimestre, o crescimento do lucro da Vale foi de 49,6% em relação ao mesmo período de 2006, quando o ganho líquido somou R$ 3,9 bilhões.

O aumento do lucro operacional, a redução do resultado financeiro negativo e a venda de participações em empresas foram apontados como os grandes responsáveis pelo desempenho.

Entre abril e junho, o lucro operacional da mineradora avançou 103,4%, para R$ 9,19 bilhões e o resultado financeiro ficou negativo em apenas R$ 47 milhões, contra R$ 466 milhões em igual período de 2006. Já a venda das participações na Usiminas e na Log-In renderam à Vale US$ 728 milhões e US$ 203,5 milhões, respectivamente.

A receita bruta da companhia ficou em R$ 18,197 bilhões, registrando recorde trimestral. O valor é 79,6% maior do que os R$ 10,131 bilhões faturados durante o segundo trimestre de 2006. Segundo a Vale, a incorporação da Inco contribuiu com R$ 7,133 bilhões para o aumento da receita. Os reajustes de preços foram responsáveis por R$ 1,050 bilhão adicional e as variações de volume, por R$ 760 milhões.

As vendas de minerais não-ferrosos representaram 42,9% da receita total, enquanto os ferrosos tiveram fatia de 40,9%. Os produtos relacionados à cadeia do alumínio responderam por 8,2% e os serviços de logísticas, por 5,2%.

As vendas para a Ásia representaram 43,6% do faturamento, seguidas pelas Américas (33%) e pela Europa (20,7%).

A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) apresentou evolução de 99% em relação ao segundo trimestre do ano passado, para R$ 10,255 bilhões.

Entre abril e junho, a Vale realizou investimentos da ordem de US$ 1,439 bilhão, com alta de 75,9% sobre igual intervalo de 2006. Deste montante, US$ 1,065 bilhão foi direcionado para o crescimento orgânico da companhia, enquanto US$ 374 milhões tiveram como destino a manutenção dos negócios existentes.

As ações Vale do Rio Doce também ultrapassaram as da Petrobras, como as mais negociadas na América Latina, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pela consultoria internacional Economatica.

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