São Paulo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em seu programa de rádio "Café com o Presidente", que a carga tributária do país pode ser menor e que ninguém mais do que ele quer diminuir essa carga. De acordo com Lula, para reduzir a cobrança de impostos, o governo finaliza o projeto de reforma tributária a ser enviado ao Congresso.
"A carga tributária pode ser menor. Estamos trabalhando para isso. Por isso, estamos em fase final de elaboração de um projeto de reforma tributária, junto com os estados. Queremos construir essa proposta de política tributária que atenda aos interesses do Brasil. Política tributária é muito difícil porque cada deputado, cada senador tem uma, cada presidente tem uma, cada indústria tem uma, ou seja, precisamos abrir mão das nossas propostas individuais e construir uma proposta consensual para o país", explicou o presidente.
Ele comentou também sobre o encontro que teve, na quarta-feira passada, com os 97 maiores empresários brasileiros. Antes da reunião, no Palácio do Planalto, alguns empresários reclamaram do volume de tributos cobrado. Porém, o presidente reafirmou que não adotará medidas extremas para reduzir a carga. "Não vamos fazer mágica. Vamos trabalhar com seriedade, fazendo os ajustes na hora certa, no momento certo, porque ninguém quer mais diminuir a carga tributária do que eu", explicou.
Contraditoriamente, a carga tributária brasileira (relação entre arrecadação de impostos e PIB) só cresceu no primeiro governo Lula (veja gráfico acima). Ela passou de 32,65% do PIB em 2002 para 35,21% em 2006, um aumento de 2,56 pontos porcentuais. Os dados são de um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O aumento continuou este ano. De janeiro a junho, a carga tributária atingiu 36,39% do PIB.
Em termos absolutos, a arrecadação quase dobrou, passando de R$ 482,5 bilhões no último ano do governo FHC para R$ 817,9 bilhões em 2006. No primeiro semestre do ano, já é de R$ 446,3 bilhões, aumento de 13,33% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
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