O governo garantirá a oferta de crédito para o setor rural se a crise financeira global reduzir a liquidez, afirmou na quinta-feira o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas.

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Em entrevista a jornalistas concedida no Palácio do Planalto, Freitas disse que relatou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a preocupação do setor com o risco de falta de financiamentos devido às turbulências do sistema financeiro internacional.

O representante da entidade ressaltou que o presidente lhe passou tranqüilidade e segurança, apesar de ter demonstrado preocupação com os desdobramentos da crise.

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"O presidente prometeu manter linhas de crédito para a agricultura familiar e a economia solidária", declarou Freitas.

Segundo o presidente da associação de cooperativas, Lula afirmou que as preocupações do segmento já são alvo das discussões internas do governo. "A realidade é que estão sendo tomadas providências e cuidados para que não falte crédito, para que não falte liquidez", disse Freitas.

O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras elogiou a antecipação de 5 bilhões de reais das linhas de crédito do Plano Safra, anunciado na quarta-feira pelo Executivo. "Cria tranqüilidade e segurança no mercado. Foi uma ação preventiva extremamente oportuna", comentou.

O representante das cooperativas disse ter reclamado ao presidente das taxas cobradas pelo Banco do Brasil, mas Lula teria evitado se envolver no assunto. O presidente teria destacado, de acordo com Freitas, que esse assunto é uma "relação de negócios", mas que apoiaria uma negociação. O presidente Lula teria ainda recomendado que as cooperativas discutam o tema de "igual para igual" com o banco.

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